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O funcionário público Márcio de Albuquerque Lima, ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual, é apontado pelo Ministério Público (MP-PR) como líder de uma quadrilha que desviou milhões de reais do órgão. Ele tem relação direta com o governador Beto Richa (PSDB), de quem foi companheiro de equipe em corridas de automobilismo, segundo a Promotoria.
Lima está foragido. O escritório dele já havia sido vasculhado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado (Gaeco), em 5 de março, em uma operação que investigava o enriquecimento ilícito dele. No entanto, ele foi exonerado do cargo três dias antes do cumprimento do mandado.
Segundo o MP, os fiscais deixavam de autuar empresários que sonegavam impostos em troca de propina. Apenas um dos investigados, por exemplo, deixou de pagar R$ 7 milhões com a colaboração dos fiscais, conforme aponta a investigação.
Outras 17 pessoas, acusadas de participar da quadrilha, foram presas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado (Gaeco) nesta sexta-feira (20). Elas foram denunciadas por enriquecimento ilícito de auditores fiscais e servidores, lavagem de dinheiro e pagamentos de propina.
O Gaeco ainda cumpriu cerca de 30 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Londrina,Ibiporã, Bandeirantes, Maringá, Campina Grande do Sul e Alvorada do Sul, todas noParaná, Além disso, mandados também foram cumpridos em Palmital (SP), Angra dos Reis(RJ) e no Rio de Janeiro (RJ).
As prisões fazem parte da Operação Publicano, ligada a outras duas investigações: uma sobre exploração sexual de meninas e outra que apura uma fraude em uma licitação para o conserto de carros oficiais. No último caso, o esquema também era liderado por alguém ligado a Beto Richa – Luiz Abi Antoun, parente do governador.
O tucano afirmou que apoia as investigações, mesmo que seja contra pessoas de seu “círculo social”. “Toda denúncia, que haja consistência, obviamente, deve ser investigada. E, havendo culpados, que sejam responsabilizados, quem quer que seja”.
Sobre o parentesco com Abi, Richa garante que é algo distante. “É um parentesco tão distante que não é nem considerado parente. Mas, enfim, está lá. Se deve, tem que pagar”, disse.
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