28/12/2025 17:50

Flávio Bolsonaro faz tudo para limpar nome e vender "nova imagem", mas rejeição e desespero crescem

1427 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

Em um esforço desesperado para salvar seu projeto presidencial que já nasce com a rejeição do próprio sobrenome, o senador Flávio Bolsonaro lança-se a uma corrida frenética em busca de apoios políticos e econômicos. Sua estratégia desesperada de pré-campanha, que tenta a qualquer custo vender a imagem de um "Bolsonaro moderado" e conversador, esbarra na dura realidade: seu principal patrimônio político é também sua maior carga, a herança tóxica do governo do pai. Com o mercado financeiro demonstrando clara preferência pelo governador Tarcísio de Freitas e partidos do centrão como PP, União Brasil e Republicanos encarando sua candidatura com ceticismo e reserva, Flávio busca desesperadamente qualquer tipo de salvação, aproximando-se até mesmo do influenciador digital Pablo Marçal, numa tentativa de angariar a estrutura de comunicação do guru das redes.

A articulação, feita por figuras como o ex-secretário de João Doria, Filipe Sabará, tenta convencer banqueiros e investidores de que Flávio seria um "Bolsonaro aceitável", fiel à cartilha ultraliberal de Paulo Guedes. No entanto, a narrativa de que a "rejeição é do pai, não dele" soa como um grito de desespero que não consegue mascarar a verdade: o projeto político que ele representa é o mesmo que levou o país ao caos sanitário, ao desmonte das políticas públicas e à tentativa de golpe contra a democracia. A promessa de diálogo, inclusive com o ministro do STF Alexandre de Moraes, é uma tentativa óbvia e tardia de apagar um passado recente de ataques sistemáticos às instituições, que ele próprio ajudou a fomentar.

Enquanto tenta se apresentar como um nome de consenso para a direita, Flávio Bolsonaro enfrenta o fantasma da própria irrelevância. Sem o entusiasmo do mercado, com o desinteresse dos partidos que realmente detêm base de poder, e dependendo quase que exclusivamente da estrutura do PL e de figuras marginalizadas no cenário político, sua campanha parece uma operação de resgate a um navio que já está afundando antes mesmo de zarpar. A tentativa de moderar o discurso e limpar a imagem do bolsonarismo é um ato de desespero que ignora um fato crucial: o eleitorado não esqueceu os estragos causados pela família Bolsonaro, e a suposta "moderação" de Flávio não apaga os anos de extremismo, negacionismo e ataques à democracia que marcaram sua trajetória e a de seu pai. A pré-campanha, sem marqueteiro definido e baseada em alianças frágeis, parece menos uma construção política e mais um ato desesperado de quem tenta, em vão, escapar do próprio legado.

Com informações da Folha de São Paulo

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