UM CAPACHO NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, UMA NULIDADE PROGRESSIVA

Portal Plantão Brasil
16/8/2015 06:54

UM CAPACHO NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, UMA NULIDADE PROGRESSIVA

0 0 0 0

933 visitas - Fonte: CONVERSAAFIADA



O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:





O ABUSO DE PODER NOS GRAMPOS DA PF, A COVARDIA DE CARDOZO, E O INÚTIL ATAQUE A LULA



A escuta telefônica, legalmente autorizada, não abrange a violação da intimidade de terceiros, salvo estes estejam, nos contatos com aquele que foi “grampeado”, combinando ilícitos ou se referindo a informações relativas à produção de provas.



Fora isso, é uma violação indevida e criminosa e é isso que a Polícia Federal está fazendo ao vazar para o Estadão que o ex-presidente Lula teria conversado duas vezes com um dirigente da Odebrecht ao telefone.



Aliás, a própria data dos telefonemas, 15 de junho passado, mostra que, ainda que houvesse algo a ocultar nas conversas, ninguém seria imbecil de, a esta altura, sabendo da síndrome de Gestapo que se apossou de alguns policiais – sob a completa passividade do inservível Ministro da Justíça, José Eduardo Cardozo – falar de assuntos capciosos ao telefone, se existissem e devessem ser tratados.



E do que falavam Lula e o empresário, segundo o relatório dos arapongas federais curitibanos? De um artigo de Delfim Netto, que você pode ler aqui, defendendo o BNDES e do elogio feito pelo velho Emílio Odebrecht a uma nota publicada três dias antes pelo Instituto Lula, rebatendo acusações feitas pela Veja sobre seus contratos para palestras.



Onde está o ilícito, a suspeita, a conexão com qualquer crime dos que estejam sendo apurados?



Falar de eventos e opiniões públicas e publicadas é indício de crime?



Desde quando qualquer pessoa é proibida ou suspeita por conversar com outra, igualmente livre e em pleno gozo de seus direitos?



Comentar o artigo de Delfim Netto, a nota publicada três dias antes, o desempenho do Corinthians ou qualquer outro assunto é totalmente legítimo e se, por acaso, foi testemunhado pelos grampeadores, não poderia ter sido sequer objeto de registro em relatórios que, adiante, serão tornados públicos, como não poderiam ser quaisquer outros diálogos não relativos a fatos criminosos.



Isso é apenas o resultado de uma completa indisciplina na Polícia Federal: o delegado que vazou os tais “grampos”, Eduardo Mauat da Silva, já atacou o próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, sem que houvesse providências.



Vazam-se investigações, escutas, agentes treinam tiro ao alvo em caricaturas da Presidente e não acontece nada.



Ou melhor. Acontece, sim: está evidente que não têm nada contra Lula, a não ser a vontade imensa de envolvê-lo, seja como for, em suspeitas e desmoralização.



Estamos diante de uma espécie de distorção que gera uma Polícia de Estado sui-generis. Enquanto a Gestapo, a Statsi, a KGB, a Pide, a Dina chilena praticavam toda a sorte de abusos para “proteger” governantes, a nossa, aqui, faz o mesmo, só que para atacá-los.



Como o Ministro da Justiça não cumpre seu dever de fiador da disciplina e da legalidade da ação policial e o Dr. Sérgio Moro e o esquadrão de promotores do Paraná os açula e acoberta – aos arapongas – nestes absurdos, vamos chegando a este estado policial festejado pela mídia.







APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.



O Plantão Brasil é um site independente. Se você quer ajudar na luta contra o golpismo e por um Brasil melhor, compartilhe com seus amigos e em grupos de Facebook e WhatsApp. Quanto mais gente tiver acesso às informações, menos poder terá a manipulação da mídia golpista.


Últimas notícias

Notícias do Flamengo Notícias do Corinthians