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A presidente Dilma lamenta ver petistas na corrupção da Petrobras
por Ilimar Franco
A presidente Dilma declarou agora à tarde que ela não esperava que petistas e pessoas próximas ao partido estivessem envolvidas no escândalo de corrução na Petrobras. Ela afirmou que foi pega de surpresa e que lamenta o que aconteceu.
Sobre o trabalho do juiz Sérgio Moro, esquivou-se dizendo que não tem opinião sobre qualquer pessoa. Para a presidente, quanto mais rápidas e efetivas forem concluídas as investigações melhor.
O GLOBO — A senhora, em algum momento, imaginava que militantes ou pessoas ligadas ao PT estivessem envolvidas com essa barafunda da Petrobras?
– Presidente Dilma – Não!
– Não?
Dilma — Não!
– A senhora foi completamente surpreendida?
Dilma – Fui! Acho e lamento profundamente!.
– A senhora acha que poderia ter feito alguma coisa diferente. Que pudesse minorar isso. Ou é difícil fazer essa avaliação?
Dilma — Posso falar uma coisa. Eu sou a favor de uma coisa que o Mário Thomaz Bastos dizia. Não esperem que sejam as pessoas a fonte da virtude. Tem que ser as instituições. As instituições é que tem de ter mecanismo de controle. É muito difícel. Integra a corrupção o fato dela ser escondida, clandestina e obscura.
A exemplo do juiz Sérgio Moro, a presidente Dilma disse que não falaria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Mas ela fez uma ironia quando lhe foi lembrado que o ex-presidente Fernando Henrique sugeriu que ela renunciasse o mandato.
– Sugerir é fácil.
“Ningém poderia prever o alcance da crise internacional”
Quando abordou a economia internacional a presidente Dilma disse que o futuro é imprevisível. As dificuldades não ficarão restritas aos exportadores de commodities para a China, mas também afetam os países que exportam máquinas e equipamentos para aquele país. A política de industrialização da China foi acelerada e todos os países estão perdendo arrecadação. Nos Brics predominava a avaliação de que isso seria superável. Mas depois do acordo Estados Unidos-Irã, que colocará de 2 a 3 milhões de barris petróleo no mercado, o primeiro-ministro Vladimir Putin, previu que a renda do petróleo vai afundar.
– Ninguém podia imaginar.
Redução de cargos e ministérios
A presidente Dilma Roussef reafirmou ontem que vai acabar com dez ministérios e acrescentou que vai reduzir 1.000 cargos de livre provimento ou funções gratificadas. Explicou que o objetivo principal é racionalizar a máquina, mas também haverá corte de gastos. Pois se isso não acorrer essas medidas seriam “demagógicas”. Ela se negou a dizer quais as pastas marcadas para morrer, dizendo que o estuda ainda estava sendo concluído.
Essa cautela decorre, segundo a presidente, porque será necessário uma composição política com os partidos. Pois mesmo os que são a fazer podem ter algumas críticas, sobre determinadas mudanças.
– Todo mundo é a fazer. Todas as torcidas são a favor. Uma reforma dessas não se faz dentro do gabinete, sozinha.
Essa redução das pastas passará também por consultas à sociedade. O governo pretende ouvir os segmentos empresárias afetados poelas mudanças. Citou como exemplo a eventual junção entre a APEX e a ABDI. Pois uma das metas é racionalizar a máquina e acabar com as sobreposições. Além de ministérios, serão extintas secretarias com o cuidado de não perder eficácia.
– A minha meta não pode ser irracional.
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