FAMOSOS E POLÍTICOS SÃO PRINCIPAIS LATIFUNDIÁRIOS CONTRA POVOS INDÍGENAS

Portal Plantão Brasil
9/9/2015 13:00

FAMOSOS E POLÍTICOS SÃO PRINCIPAIS LATIFUNDIÁRIOS CONTRA POVOS INDÍGENAS

Entre os latifundiários algozes dos Guarani, estão não só anônimos, mas alguns famosos, que reivindicam propriedade de fazendas na área em conflito.

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Segundo informações do blog União Campo Cidade e Floresta, nomes como Ratinho, Ronaldo Caiado e Regina Duarte estão em títulos de propriedade de terra. “Regina Duarte lidera o setor pecuarista contra os povos indígenas, participa de comícios contra as demarcações e contra os povos indígenas em todo Brasil. No MS ela é a “Garota Propaganda” em campanhas contra indígenas”, registra o blog.



Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, a pecuarista Regina Duarte disse em discurso no ano de 2009, na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado. “Podem contar comigo, da mesma forma que estive presentes nos momentos mais importantes da política brasileira.” Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).



No texto, Sakamoto registra que Regina disse: ““Confesso que em Dourados voltei a sentir medo”, afirmou a atriz, com referência à previsão de criação de novas reservas na região de Dourados. “O direito à propriedade é inalienável”, explicou ela, de forma curta, grossa e maravilhosamente elucidativa o que faz do BRASIL um brasil.”



Era 2009 e na época, como já relatamos, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva deu posse da terra aos Guarani Kaiowá, porém em 2010 o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes spendeu os efeitos do documento e os indígenas foram mais uma vez expulsos da área, se alojando às margens da estrada, ao lado da entrada de uma das fazendas invasoras.



Combustível – Para entender melhor a questão pela terra que envolve e oprime os indígenas em Mato Grosso do Sul, antes é necessário dizer que ela está intrinsecamente ligada à exploração do biocombustível proveniente do álcool produzido da cana. Os poucos Guaranis da floresta, ou Kaiowás, que sobreviveram ao plantio do mate na primeira metade do século XX e posteriormente pelo boom da agricultura canavieira, hoje estão ameaçados de extinção por essa política genocida para a exploração da terra, que inclui expulsões e assassinatos promovidos pelos latifundiários criadores de gado.



O território em lide tem cerca de 400 hectares e foi retomado pelos indígenas em 2009, na época que Lula assinou o Decreto nº12.367, mesma época que a atriz-pecuarista falou de seu apoio a essa luta que vem se arrastando e massacrando lenta e paulatinamente os índios, como se as vítimas fossem os pobres fazendeiros.



Em maio de 2011 os Kaiowá resolveram retomar o território e desde então, massacres se alternam com o ritual do Jejuvy, que é o agora famoso ritual de suicídio praticado por indígenas dessa etnia, mas que não tem nada a ver com a “morte coletiva” anunciada pelos indígenas. Em janeiro deste ano, os fazendeiros tentaram a reintegração de posse da área na Justiça Federal, mas o despejo foi suspenso pelo Tribunal Regional Federal da 3a. Região (TRF-3), em São Paulo, onde ainda tramita o processo dos fazendeiros contra os indígenas.



Vale registrar que o Relatório de Identificação da Terra Indígena, realizado pelo antropólogo Levi Marques Pereira e publicado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), atesta, em fontes documentais e bibliográficas, a presença dos guarani na região desde o século XVIII. Já o Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Indígena foi publicado em 2004 e a demarcação homologada pela Presidência da República em 2009 (Decreto nº12.367) e suspensa pelo STF.



Sesmarias – Todas as terras do Estado do Mato Grosso do Sul e do Norte, as mais cobiçadas para o cultivo da cana, são avaliadas como as mais adequadas para esse fim pelos que a exploram para a produção do biocombustível, embora depois da primeira colheita a terra se tornar improdutiva para outro fim durante muito tempo, ou para sempre, se não houver o tratamento de recuperação.



Elas chegaram às mãos dos fazendeiros à custa da exploração durante a colonização, em que essas terras se tornaram Sesmarias e os índios eram explorados e catequizados. A guerra em que as populações indígenas reivindicam o direito pela terra atualmente invadida por fazendeiros está sendo travada nos municípios da região sul e especialmente do Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai. Falamos especificamente das terras denominadas Arroio-Korá, no município de Paranhos.



Na década de 1940, os primeiros proprietários adquiriram as terras junto ao Governo do, então, Estado de Mato Grosso e expulsaram os índios. Contudo, os povos de Arroio-Korá permaneceram no solo de seus ancestrais, trabalhando como peões em fazendas, vivendo em situação precária e improvisada em barracos de lona na beira de estradas e em reservas indígenas.



Com informações do Dossiê 188 do Esquerda. net.



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