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Na delação premiada que vem negociando com o Ministério Público Federal, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró menciona o vice-presidente da República, Michel Temer.
Segundo reportagem da revista Época deste fim de semana, Cerveró alega ter sido achacado por 50 deputados do PMDB, que cobraram pagamentos de US$ 700 mil mensais para mantê-lo no cargo.
Depois disso, com a ajuda do pecuarista José Carlos Bumlai, Cerveró foi ao então deputado Temer para tentar se manter na Petrobras. O vice confirmou o encontro, realizado em seu escritório em São Paulo, mas disse nada ter feito para preservar Cerveró.
A citação ao vice-presidente traz mais um complicador para a atual crise política. Em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff, movimento da oposição que tem se intensificado a cada semana, o peemedebista é quem assume o cargo.
Em sua delação, o ex-diretor afirma ainda ter conseguido da Odebrecht uma doação de R$ 4 milhões à campanha à reeleição de Lula em 2006. Em troca, a empreiteira faturaria um contrato de R$ 4 bilhões pela refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
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