2018 visitas - Fonte: Diário do Centro do Mu
Cada um tem a musa que merece.
O movimento pró-golpe tem Ju Isen, que foi expulsa do desfile da escola Unidos do Peruche, em São Paulo, depois de arrancar a própria fantasia e deixar os seios expostos.
Incomodada, a musa garante que processará a escola. “Eu resolvi tirar o macacão pra me manifestar.”
Como uma mulher que jamais julgaria outra mulher que tenha resolvido mostrar os seios como forma de protesto, eu só preciso dizer que a nudez de Ju Isen não é política (absolutamente), é patética.
Perguntem a uma ativista sobre a importancia da nudez política.
“Expressa a nossa resistência diante da exacerbada sexualização de nossos corpos”, ela provavelmente dirá.
Mas perguntem isso a Ju Isen. Ela responderá algo como “Fora PT” ou “eu estou me manifestando por um país melhor”, porque, no fim das contas, ela simplesmente não faz a menor ideia do que está fazendo.
O protesto sem propósito e sem dicernimento político é, além de patético, perigosíssimo. Algumas pessoas são capazes de se revoltar por questões que sequer compreendem. Berram contra qualquer coisa sem o mínimo de reflexão, de diálogo, de lucidez; já entram na avenida arrancando as próprias fantasias e acabam, como ela, caídas no asfalto.
Eu não julgo Ju Isen pelas auréolas sob os holofotes, julgo-a pelo “protesto” vazio, burro, insensível e ilógico. Julgo-a por não conseguir livrar-se da futilidade que a impede de compreender que militância não tem nada a ver com ego, com seios lindos e fotogênicos, com frases vazias de sentido e berros pateticamente sensacionalistas dirigidos à imprensa.
O que esperar depois do vexame na avenida? Um convite de alguma revista masculina ou um ensaio no Paparazzi?
Isso não é militância. É oportunismo.
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