Um ano da delação de Joesley: todos estão soltos aproveitando o dinheiro roubado do povo brasileiro

Portal Plantão Brasil
18/5/2018 12:46

Um ano da delação de Joesley: todos estão soltos aproveitando o dinheiro roubado do povo brasileiro

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Embora os acordos de colaboração de executivos da Odebrecht tenham sido esperados como “a delação do fim do mundo”, foram as revelações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, que estremeceram a República. Ao todo, os depoimentos relatam repasses indevidos a 1.829 candidatos eleitos de 28 partidos. Alguns deles, contudo, foram mais expostos durante o último ano aos efeitos jurídicos – e políticos – do escândalo.







As informações do acordo firmado entre os executivos da JBS e o Ministério Público Federal (MPF) foram reveladas em 17 de maio do ano passado pelo colunista Lauro Jardim. Entre elas, a conversa gravada entre Joesley e Michel Temer (MDB) nos porões do Palácio do Jaburu, na qual o político afirma: “tem de manter isso aí”, em uma possível referência ao silêncio do ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ).



A repercussão foi tamanha que o presidente teve de vir a público, no mesmo dia, para afirmar: não renunciaria ao cargo.



O discurso, contudo, não foi suficiente para apaziguar os efeitos da delação. Os depoimentos dos executivos serviram de base para a apresentação de duas acusações pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer. Uma, em junho, por corrupção passiva, e outra, em setembro, por organização criminosa e obstrução da Justiça. Pela primeira vez, um presidente da República no exercício do mandato foi alvo de uma denúncia do MPF.







Ambas tiveram tramitação suspensa após votação na Câmara dos Deputados. A blindagem de Temer pelo Congresso, contudo, custou todo o capital político do presidente, que se submeteu à liberação de emendas parlamentares, distribuição de cargos e aprovação de medidas polêmicas. Em contrapartida, não teve sucesso em aprovar algumas das principais pautas de sua gestão, como a reforma da Previdência.



Flagrado correndo com uma mala recheada de R$ 500 mil pelas ruas de São Paulo (vídeo abaixo), o ex-assessor especial de Temer e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) chegou a ser preso um mês depois das delações. Solto em junho, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ele vive hoje em Brasília, mas fora da vida pública e monitorado por uma tornozeleira eletrônica.



O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também sentiu na pele o “efeito JBS”. Após ver sua irmã e braço direito, Andrea Neves, permanecer detida por 34 dias, o tucano foi afastado do mandato parlamentar pelo STF – medida depois revogada pelo Senado. Hoje, o político, que quase chegou à Presidência da República, é réu em uma ação penal no Supremo e pode não concorrer a cargo eletivo em 2018.



Em setembro de 2017, os acordos de colaboração – bem como as vantagens concedidas aos delatores – começaram a ser questionados, após o vazamento de uma conversa entre Joesley Batista e o executivo da JBS Ricardo Saud. No áudio, os dois revelam informações omitidas de seus depoimentos ao Ministério Público Federal, o que provocou a rescisão, pela Procuradoria-Geral da República, dos benefícios aos empresários.



As informações fornecidas pelos irmãos Joesley e Wesley, contudo, continuam a ser utilizadas em investigações na Justiça brasileira. Um ano após a delação da JBS, seus efeitos políticos estão longe de chegar ao fim.

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