Bolsonaro tenta ganhar tempo e centrão fecha o cerco

Portal Plantão Brasil
28/3/2021 13:48

Bolsonaro tenta ganhar tempo e centrão fecha o cerco

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860 visitas - Fonte: Folha

Depois de uma semana que definiu como "bastante complicada", o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem nos próximos dias a missão de contornar queixas do centrão enquanto ganha tempo para buscar soluções e não ceder de imediato à crescente pressão do bloco, que hoje lhe garante alguma estabilidade no Congresso.







A insatisfação da cúpula das siglas com o governo não se esgota no desejo de ver Ernesto Araújo fora do comando do Ministério das Relações Exteriores. Dirigentes desses partidos avaliam, sob reserva, que os ministros de Bolsonaro, até mesmo aqueles oriundos do Legislativo, estão distantes do dia a dia da Câmara e do Senado.



Parlamentares já pediram a Bolsonaro que cobre de seus auxiliares mais atenção às demandas das bancadas e que atenda os congressistas desde questões banais, mas que não são facilmente contempladas pelos ministros, como a realização de audiências, até a liberação de verbas e, eventualmente, indicação a cargos.







As reclamações de desamparo atingem até mesmo integrantes de partidos como DEM e PSD, que têm nomes de seus quadros na Esplanada dos Ministérios —Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Tereza Cristina (Agricultura), no primeiro caso, e Fábio Faria (Comunicações) no segundo.



Parlamentares do centrão dizem nos bastidores que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por vezes tem atuado mais como líder do governo do que o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que ocupa formalmente a função.







Aliados do presidente da Câmara afirmam que a interlocução fica nas costas do correligionário e ele tem limitações, por isso o ideal seria contar com o apoio de integrantes do governo.



Além de barrar um eventual processo de impeachment e de garantir a aprovação de pautas de interesse do governo, o centrão é considerado como fundamental para o plano de Bolsonaro de tentar a reeleição no ano que vem.



Hoje, na opinião de deputados e senadores, a tendência é de que partidos como PTB, PP, PSC, Patriota e Republicanos apoiem o presidente e que siglas como PROS, Avante e Solidariedade apoiem Lula. O PL e o PSD são considerados uma incógnita. O apoio deles, segundo integrantes das legendas, vai depender dos acordos para as disputas estaduais e do desempenho dos presidenciáveis nas pesquisas de intenção de voto. ?







Em uma ofensiva ao PL, Lula tem manifestado, em caráter reservado, o desejo de que o empresário Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar, seja seu candidato a vice-presidente em 2022. O petista pretende se reunir com o empresário, que é filiado ao PL, nos próximos meses.



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