558 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A polêmica se instalou no ambiente acadêmico de Fortaleza quando um professor de história, Neto da Nóbrega, vinculado ao Colégio Jim Willson, foi acusado de utilizar material didático da Brasil Paralelo, conhecida por suas posições de extrema direita e promoção de revisionismo histórico, durante uma aula sobre regimes totalitários do século XX. A denúncia, que rapidamente se espalhou nas redes sociais, veio acompanhada de imagens da aula que mostravam claramente o conteúdo proselitista utilizado.
No decorrer da aula, o professor sugeriu que o fascismo promoveu uma substituição do cristianismo pelo paganismo europeu antigo, uma afirmação que desconsidera o fato de que, embora correntes ocultistas tenham existido entre os fascistas, elas nunca representaram a visão majoritária desses movimentos. A inclusão dessas ideias aponta para uma tentativa de deturpação histórica, associando erroneamente conceitos e contextos.
A situação ganhou maior repercussão quando, após a viralização da denúncia, Neto da Nóbrega deletou seu perfil na rede social X, mantendo-se acessível apenas para seguidores confirmados em outras plataformas como Instagram e Facebook. Diversas tentativas de contato com o professor e a instituição de ensino foram infrutíferas, com o Colégio Jim Willson não retornando as chamadas nem as mensagens enviadas pelos canais de comunicação disponíveis.
“Todo militante de esquerda é um vagabundo disfarçado de defensor dos direitos humanos”, disse numa postagem.
Esta ocorrência levanta questões significativas sobre a integridade do ensino e a responsabilidade dos educadores em manter uma educação baseada em fatos e respeito mútuo, longe das armadilhas da desinformação e do sectarismo. A repercussão também destaca a necessidade de vigilância constante contra a infiltração de ideologias extremistas no sistema educacional, visando proteger os alunos de uma educação tendenciosa e prejudicial.
Colégio Jim Wilson, de Fortaleza, tem um professor de história que usa como material didático conteúdo do Brasil Paralelo, onde afirma, em sala de aula, conteúdos inexistentes na realidade, tal qual que o fascismo tentou trocar o cristianismo pelo paganismo. pic.twitter.com/2kGwiotQwW
— Luan Sullr (@luanmarllus) April 23, 2024