295 visitas - Fonte: Plantão Brasil
Em meio às inundações devastadoras que assolam o Rio Grande do Sul, alegações infundadas surgem nas redes sociais, agravando a situação ao acusar indevidamente as autoridades de impedir os esforços de resgate. Tais alegações, muitas vezes amplificadas por figuras associadas a correntes bolsonaristas, contradizem a realidade dos esforços de salvamento coordenados pelas forças estatais, que incluem tanto o governo federal quanto as administrações estadual e municipal, todas mobilizadas em uma operação de grande escala.
De acordo com relatos confirmados, essas forças conjuntas já resgataram mais de 50 mil pessoas, com a ação contínua em 401 municípios afetados. Contrariando as falsas alegações, mais de 2.000 servidores públicos estão engajados em operações diretas de socorro, complementados por um efetivo federal de cerca de 14,5 mil pessoas, incluindo 13,6 mil militares.
O fenômeno da disseminação de desinformação é analisado por especialistas como uma estratégia deliberada de grupos de extrema direita, que buscam minar a confiança no governo e nas instituições estatais. Esse novo negacionismo, que ataca a eficácia das medidas de resgate e socorro, é comparável a outras formas de ceticismo irracional, como o negacionismo climático e o movimento antivacinação.
Mércia Pimentel, professora e pesquisadora em desinformação, destaca que essas narrativas distorcidas frequentemente se apresentam como testemunhos pessoais, tentando descreditar a atuação estatal e exaltar a iniciativa privada, seguindo uma lógica que favorece interesses políticos e econômicos específicos. Essa distorção dos fatos é potencializada por uma rede bem organizada que usa as redes sociais para espalhar falsidades e influenciar a percepção pública.
Além disso, o sociólogo Sergio Amadeu aponta que a desinformação é impulsionada não apenas por motivações políticas, mas também por agentes criminosos que buscam explorar a solidariedade do público para desviar recursos destinados às vítimas. A combinação desses fatores cria um ambiente propício para a proliferação de notícias falsas, especialmente em períodos de crise aguda como o enfrentado pelo estado.
O governo federal, através da AGU e do Ministério da Justiça, anunciou que tomará medidas urgentes para combater essas práticas, visando proteger os esforços de resgate e manter a integridade do processo de auxílio às vítimas das enchentes. Essa iniciativa sublinha a necessidade de uma resposta robusta contra a desinformação, que ameaça tanto a eficácia do socorro quanto a segurança dos envolvidos.
Veja o vídeo publicado pelo Exército:
?? Viaturas blindadas GUARANI, de fabricação nacional da nossa Base Industrial de Defesa, são empregadas por todo o RS para a busca e resgate de pessoas ilhadas.
— Exército Brasileiro ???? (@exercitooficial) May 7, 2024
?? Essas viaturas também auxiliam em ações para o restabelecimento dos serviços essenciais de energia e água.… pic.twitter.com/MouOOyGOuL
Militares e voluntários resgatam animais domésticos na enchente em Porto Alegre.@exercitooficial pic.twitter.com/pFR9Zfcwv6
— Comando Militar do Sul (@CmdoCMS) May 7, 2024