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O relatório da Polícia Federal (PF) acusa Cláudio Castro (PL) e outras três pessoas de corrupção e peculato, e sugere ao ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o afastamento do governador do Rio de Janeiro, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo. O documento foi entregue no final de junho e enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para decidir sobre a denúncia e o pedido de afastamento.
Se o STJ aprovar a recomendação da PF, o vice-governador Thiago Pampolha (MDB) assumirá o governo de forma interina. Pampolha e Castro estão politicamente afastados desde que o vice mudou de partido sem informar o governador. Os advogados de Cláudio Castro planejam solicitar a anulação do processo, alegando cerceamento de defesa, pois o governador não foi ouvido, e usurpação de competência, acreditando que apenas o ministro, e não a PF, poderia realizar o indiciamento.
O tema já foi abordado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019, em um caso envolvendo o ex-presidente Michel Temer, quando o ministro Luís Roberto Barroso declarou que o indiciamento pela PF é legítimo. Além de Cláudio Castro, o relatório também acusa o irmão de criação do governador, Vinícius Sarciá Rocha, e os empresários Flávio Salomão Chadud e Marcus Vinícius Azevedo da Silva de fraudes em licitações da Fundação Leão XIII.
De acordo com a PF, o grupo cometeu crimes de peculato e corrupção entre 2017 e 2019. Cláudio Castro teria recebido propinas em dinheiro vivo em diversos locais, incluindo sua residência e um estacionamento de shopping, totalizando R$ 326 mil e US$ 20 mil. O relatório afirma ainda que Castro retirou parte da propina durante uma viagem aos Estados Unidos, após o suborno ter sido depositado em sua conta bancária no Brasil.
Com informações do DCM
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