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A Polícia Federal apresentou à Justiça as provas que sustentaram a operação deflagrada na última semana contra um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS. A investigação teve início após reportagens do Metrópoles denunciarem irregularidades que causaram prejuízos a milhares de segurados, com mais de 844 reclamações registradas na plataforma oficial do governo.
O relatório da PF revelou uma falha grave no sistema de bloqueio de descontos: benefícios concedidos até 21 de setembro de 2021 permaneciam desbloqueados, permitindo descontos sem nova autorização. Além disso, uma vez feito o desbloqueio, entidades podiam incluir descontos sucessivos, dificultando a defesa dos segurados.
A Controladoria-Geral da União (CGU), que atua em conjunto com a PF, constatou que entre janeiro de 2019 e março de 2024 foram descontados R$ 4,28 bilhões em contribuições associativas, dos quais cerca de R$ 2,06 bilhões foram repassados à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), uma das principais investigadas.
Segundo a PF, cabia exclusivamente às entidades comprovar a autorização dos descontos, sem exigência de validação prévia junto ao INSS, o que impedia a detecção imediata de descontos indevidos. A identificação só era possível após o primeiro desconto ser efetivado no extrato do beneficiário.
Durante a operação, a PF apreendeu uma série de bens de luxo, incluindo um Rolls-Royce, motocicletas e outros veículos avaliados em mais de R$ 15 milhões, além de dólares em espécie. Das 20 empresas listadas, metade teve seus contratos suspensos. A investigação, conforme o diretor-geral da PF, Andrei Passos, ainda está em fase inicial.
Veja parte dos itens apreendidos:
Com informações do Metrópoles
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