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O dólar recuou novamente nesta terça-feira (29), completando a oitava sessão consecutiva de queda frente ao real, em meio ao fortalecimento dos ativos brasileiros e à instabilidade da política econômica dos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump. A moeda norte-americana à vista caiu 0,32% e fechou cotada a R$ 5,6307. Em abril, a queda acumulada chega a 1,34%.
A valorização do real ocorre em um contexto de expectativas sobre dados econômicos dos EUA, como o PIB trimestral e o payroll, que serão divulgados nesta semana, além de decisões de política monetária do Federal Reserve e do Copom na semana seguinte.
Apesar do leve avanço do índice do dólar no exterior, o real se beneficiou do fluxo de capital estrangeiro e da percepção de que o Brasil pode oferecer maior estabilidade no curto prazo. O especialista Bruno Shahini destacou que ativos brasileiros seguem atraindo investidores, mesmo com a indefinição sobre a guerra comercial entre EUA e China.
O próprio governo Trump sinalizou um recuo ao anunciar medidas para suavizar tarifas sobre peças automotivas. A tentativa de amenizar os danos das próprias decisões protecionistas é vista como esforço para conter impactos negativos na economia norte-americana, já refletidos na previsão de crescimento fraco no primeiro trimestre.
No mercado doméstico, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a autoridade monetária mantém a visão apresentada em março, quando elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano. Segundo ele, a extensão do ciclo de aperto é justificada por uma inflação ainda desafiadora.
Enquanto isso, o Banco Central brasileiro segue atuando para preservar a estabilidade cambial, tendo vendido pela manhã 20.000 contratos de swap cambial tradicional com vencimento em junho.
Com informações da Reuters
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