INSS: PF apura suposta propina de bolsonarista a líderes do PP

Portal Plantão Brasil
30/4/2025 16:18

INSS: PF apura suposta propina de bolsonarista a líderes do PP

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O empresário Maurício Camisotti, dono do Grupo Total Health, está no centro de uma investigação da Polícia Federal que apura um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as autoridades, Camisotti teria utilizado familiares como laranjas para controlar associações de aposentados, como a Ambec, Unasbras e Cebap, que, juntas, movimentaram cerca de R$ 178 milhões entre 2019 e 2024. Essas entidades são suspeitas de realizar descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização prévia dos mesmos.

As investigações revelam que as associações transferiram aproximadamente R$ 43 milhões para empresas ligadas ao Grupo Total Health, incluindo a Prevident, Rede Mais e Benfix. A Ambec, por exemplo, teve um aumento expressivo em suas arrecadações: de R$ 135 em 2021 para R$ 14,9 milhões em 2022 e R$ 91 milhões em 2023. Esse crescimento coincide com a gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia, durante o governo de Jair Bolsonaro, quando foram ampliadas as possibilidades de endividamento dos aposentados por meio de crédito consignado. ?

Além disso, Camisotti é apontado como financiador oculto da Precisa Medicamentos, empresa envolvida na controversa negociação da vacina indiana Covaxin com o governo federal. Em 2021, ele tentou realizar uma operação de câmbio no valor de R$ 18 milhões em nome da Precisa, mesmo sem ser sócio ou procurador da empresa, o que levantou suspeitas de lavagem de dinheiro.

O empresário também possui ligações com políticos do Partido Progressistas (PP), como Ciro Nogueira, Ricardo Barros e Aguinaldo Ribeiro. Relatórios indicam que Camisotti teria financiado campanhas e intermediado contratos milionários com o Geap, plano de saúde dos servidores públicos federais, cuja diretoria é indicada por membros do governo. Essas conexões políticas teriam facilitado a implementação e manutenção do esquema fraudulento no INSS.

A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal, resultou no afastamento de diversos servidores do INSS e na apreensão de bens de alto valor, incluindo veículos de luxo e joias. O esquema teria causado um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos e aos beneficiários do INSS entre 2019 e 2024.

Diante das evidências, é imperativo que as autoridades aprofundem as investigações e responsabilizem todos os envolvidos nesse esquema que lesou milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.
Com informações da Fórum

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