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Pesquisadores da Universidade de Fudan, na China, apresentaram um novo microprocessador, batizado de WUJI, que representa um avanço estratégico na indústria global de semicondutores. O chip conta com 5.900 transistores e uma biblioteca de 25 tipos de unidades lógicas padrão, sendo capaz de realizar operações com até 4,2 bilhões de pontos de dados e suportar a programação de até 1 bilhão de instruções.
O projeto segue os princípios dos circuitos integrados de silício, mas com inovação no uso de materiais bidimensionais. Segundo o pesquisador Zhou Peng, autor do estudo publicado na revista Nature, a fabricação em escala de wafer foi otimizada por meio de técnicas de inteligência artificial, o que garantiu precisão em cada etapa da construção do chip.
A tecnologia 2D utilizada permitiu desenvolver inversores — componentes essenciais de chips — com desempenho superior, forte saída de sinal e baixíssimo consumo de energia em modo inativo, o que representa uma conquista significativa em eficiência energética e estabilidade de operação.
Esse desenvolvimento ocorre em meio à crescente tensão entre China e Estados Unidos na chamada "guerra dos chips", em que a soberania tecnológica se tornou um ponto central das disputas geopolíticas. Enquanto os EUA impõem restrições a empresas chinesas, a China avança em soluções autônomas e de ponta.
O microprocessador WUJI é resultado direto desses esforços estratégicos, e demonstra que o país está cada vez mais perto de romper a dependência de tecnologias ocidentais, consolidando sua posição como potência inovadora no setor.
O estudo também destaca o potencial uso desses chips em aplicações futuras que demandem alta performance com baixo consumo energético, como inteligência artificial e processamento de dados em larga escala.
Com informações da Fórum
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