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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou nesta segunda-feira (9) o pedido feito pela defesa do general Walter Braga Netto, que tentava manter sob sigilo o seu interrogatório no processo que apura a tentativa de golpe de Estado envolvendo o núcleo bolsonarista. Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 e é réu na investigação que envolve as articulações golpistas.
Os advogados alegaram que a exposição pública do depoimento poderia prejudicar a imagem do general. No entanto, Moraes foi direto ao afirmar que a defesa não apresentou elementos concretos que justificassem a restrição da publicidade. Segundo ele, a transparência dos atos judiciais é regra no Estado Democrático de Direito e só pode ser afastada com base em fundamentos consistentes.
O magistrado destacou ainda que a solicitação poderá ser reavaliada, caso novos fatos surjam e sejam comprovados. “Caso a defesa aponte elementos concretos que justifiquem a decretação do sigilo do interrogatório, será realizada nova análise”, escreveu Moraes em sua decisão, reforçando o compromisso da Corte com a ampla publicidade das ações penais de interesse público.
O processo em questão envolve os principais nomes do núcleo central da tentativa de golpe golpista, investigada pela Justiça após os atos antidemocráticos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro. O depoimento de Braga Netto faz parte de uma série de oitivas previstas para esta semana.
A decisão de Moraes representa mais um obstáculo para a estratégia bolsonarista de tentar blindar seus principais quadros da exposição pública dos fatos apurados. O STF mantém firme a condução dos interrogatórios com base na legalidade e no interesse coletivo.
Com informações do g1
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