Eduardo Bolsonaro, conhecido por sua submissão política a Donald Trump — como bem definiu o presidente Lula — voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) usando uma fala fora de contexto do ministro Gilmar Mendes. O filho “03” do ex-presidente publicou nas redes um vídeo com parte da fala de Gilmar durante o julgamento que discute a responsabilização das big techs por disseminação de ódio, e escreveu em inglês: “se os EUA não estão olhando, a China está”, tentando vincular o STF a uma suposta admiração pelo governo chinês.
Assista:
???????? IF USA IS NOT LOOKING, CHINA IS
"We are all admirers of the Chinese regime today, the Xi Jiping's regime", Brazilian Supreme Court Justice Gilmar Mendes openly said this today, during the trial on the constitutionality of the Internet Civil Act. pic.twitter.com/CeF6DITyY8
— Eduardo Bolsonaro???? (@BolsonaroSP) June 12, 2025
A fala de Gilmar, no entanto, não passava de uma metáfora — citando Deng Xiaoping — usada para defender a criação de um órgão de regulação das redes sociais no Brasil. Ele disse que “o importante não é a cor do gato, mas se ele caça o rato”, destacando que o objetivo é garantir o bom funcionamento da democracia diante da atuação nociva de plataformas que alimentam a extrema direita com desinformação.
Como de costume, Carlos Bolsonaro entrou na onda com um texto confuso em que tenta dizer que o STF articula uma espécie de censura “chinesa” para impedir questionamentos eleitorais em 2026 — um delírio típico de quem ainda não aceitou a derrota nas urnas em 2022. Ele acusou os ministros de “orquestrarem tudo para justificar o passado”.
Todo o processo que qualquer um vê acontecer, desde antes das eleições de 2022, são passos para silenciar qualquer tipo de mínima oposição. Tudo é orquestrado para justificar o feito no passado e impedir o mínimo questionamento em 2026. A velocidade do ocorrido deixa tudo ainda…
Outro fiel seguidor do bolsonarismo, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO), correu para reproduzir a narrativa em vídeo, afirmando — de maneira distorcida — que o STF teria confessado admirar “um regime totalitário comunista”. Ignora-se, convenientemente, que a frase usada por Gilmar é há décadas aplicada por economistas liberais do Ocidente.
A extrema-direita tenta transformar um debate sério sobre regulação digital em mais uma teoria da conspiração contra o STF. A estratégia busca blindar big techs que lucram com a desinformação e criar um clima de paranoia ideológica que desvie o foco dos crimes cometidos pelo clã Bolsonaro.
A fala de Gilmar Mendes, longe de ser uma ode ao comunismo, aponta para a urgência de conter abusos nas redes e proteger a democracia brasileira da sabotagem virtual comandada por bolsonaristas e seus aliados bilionários.
Com informações da Fórum
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