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O dólar, por décadas tratado como “intocável” no comércio internacional, começa a perder espaço. Fornecedores da Europa, Ásia e América Latina têm se recusado a fechar negócios em dólar nas transações com empresas dos Estados Unidos, priorizando pagamentos em moedas locais como euro, yuan, peso mexicano e dólar canadense.
A mudança foi confirmada por Paula Comings, chefe de vendas de câmbio do US Bancorp, que relatou que muitos fornecedores agora rejeitam o dólar e exigem pagamento em suas próprias moedas. O enfraquecimento da moeda americana, que já acumula queda de cerca de 8% em 2025, torna as negociações mais arriscadas e menos lucrativas para os exportadores.
Empresas norte-americanas estão sendo obrigadas a se adaptar a essa nova realidade. Uma madeireira dos EUA, por exemplo, passou a pagar seus fornecedores europeus em euros, garantindo um desconto de 2%. O mesmo ocorre com empresas que importam da China e da Itália, que agora negociam diretamente em yuan e euro, respectivamente, buscando melhores condições cambiais.
O movimento reflete não só a instabilidade da moeda norte-americana, mas também o fortalecimento de acordos comerciais entre países que buscam reduzir sua dependência do dólar. Especialistas do setor apontam que o fenômeno se espalha de forma consistente da Ásia até a América Latina.
Karl Schamotta, estrategista da Corpay, empresa canadense especializada em pagamentos internacionais, confirma que um número crescente de exportadores está preferindo contratos em euro, yuan ou moedas locais. A tendência vem sendo observada tanto em mercados emergentes quanto nas principais economias do planeta.
Esse cenário revela um enfraquecimento progressivo da hegemonia do dólar no comércio global. Embora ainda seja dominante, os dados deixam claro que a era de supremacia absoluta da moeda dos Estados Unidos começa a ruir diante da nova realidade econômica internacional.
Com informações do Brasil 247
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