Após pressão, Lewandowski tem visto liberado e vai à Assembleia da ONU

Portal Plantão Brasil
16/9/2025 16:37

Após pressão, Lewandowski tem visto liberado e vai à Assembleia da ONU

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, recebeu nesta terça-feira (16) a confirmação de que seu visto para os Estados Unidos foi concedido, garantindo sua participação na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, na próxima semana. A decisão ocorre em meio à escalada de tensões diplomáticas entre os governos de Lula e Donald Trump, que vêm se refletindo em restrições a autoridades brasileiras.

Na segunda (15), o Itamaraty havia informado que parte dos vistos da delegação seguia em “processamento”, mas avaliava que ainda haveria tempo para liberação. O próprio porta-voz do secretário-geral da ONU classificou o impasse como “preocupante”, lembrando que o acordo de sede obriga os EUA a garantir a entrada de representantes oficiais com compromissos na organização.

Lewandowski estava na lista de ministros que aguardavam resposta, junto de Alexandre Padilha (Saúde). O ministro da Justiça teve a questão resolvida, mas Padilha reagiu com firmeza à possibilidade de não receber o visto. “Não estou nem aí”, declarou, lembrando que no mês passado Trump já havia mandado cancelar os vistos da esposa e da filha dele, de apenas 10 anos.

O endurecimento nas relações bilaterais não parou por aí. O Departamento de Estado revogou vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais e hoje coordenador da COP30. Ambos foram atingidos sob a acusação de envolvimento com o programa Mais Médicos — descrito por Washington como “golpe diplomático” que teria beneficiado Cuba, em mais uma narrativa enviesada para atacar políticas sociais.

As sanções também chegaram ao Judiciário. Em julho, oito ministros do Supremo Tribunal Federal tiveram vistos cancelados, incluindo Alexandre de Moraes e familiares. Apenas André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foi atingido. A medida, considerada ilegal por ferir as regras da ONU, gerou forte desconforto em Brasília.

O secretário de Estado, Marco Rubio, tentou justificar dizendo que Trump “responsabilizará estrangeiros por censura contra a liberdade de expressão”. Na prática, trata-se de mais uma ingerência política dos EUA em assuntos internos brasileiros, especialmente nas decisões que levaram à condenação de Jair Bolsonaro e de seus cúmplices golpistas.

Com informações do DCM

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