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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Rejeito, em Minas Gerais, contra um esquema bilionário de mineração ilegal que envolvia corrupção, fraudes ambientais e lavagem de dinheiro. Entre os presos está Gilberto Henrique Horta de Carvalho, conhecido como Gilberto Carvalho, bolsonarista radical e aliado próximo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Segundo a investigação, Gilberto atuava como lobista do grupo, articulando pressões na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para favorecer empresas do esquema. A quadrilha corrompia servidores estaduais e federais para liberar licenças ambientais fraudulentas, que permitiam a exploração de minério de ferro em áreas de preservação e até em locais tombados.
O esquema teria movimentado cerca de R$ 1,5 bilhão em operações ilegais e possuía projetos que poderiam alcançar até R$ 18 bilhões. A PF cumpriu 79 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão preventiva, além de bloquear ativos e suspender empresas envolvidas.
A lista de presos inclui também o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da PF em Minas, que ganhou notoriedade em 2018 ao investigar o atentado contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora. Para os investigadores, a rede criminosa reunia empresários, servidores e políticos, articulados até por meio de grupos de WhatsApp como o “Três Amigos Mineração”.
O núcleo de liderança era composto por Alan Cavalcante do Nascimento, responsável por distribuir propinas; o ex-deputado João Alberto Paixão Lages, encarregado das articulações políticas; e Helder Adriano, que atuava na parte técnica. Gilberto Carvalho completava a engrenagem como lobista, com influência sobre órgãos de fiscalização e parlamentares.
Nas redes sociais, Gilberto se apresentava como “empresário, cristão e de direita”, exaltava figuras como Enéas Carneiro e ostentava proximidade com Nikolas Ferreira, Bruno Engler e a família Bolsonaro. Ele chegou a receber apoio explícito de Jair Bolsonaro na disputa pelo Crea-MG em 2023.

A PF informou que os investigados poderão responder por usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, crimes ambientais, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Justiça determinou ainda o afastamento de diretores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), além da suspensão de grandes companhias que movimentaram bilhões nos últimos anos.
Com informações do DCM
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