A oficialização de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da Minoria na Câmara dos Deputados gerou forte reação do governo. Nesta quarta-feira (17), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou a escolha como uma “manobra vergonhosa” e um ataque direto às instituições brasileiras.
“Manobra vergonhosa oficializa o traidor da pátria Eduardo Bolsonaro como líder da bancada golpista. É uma desmoralização para a Câmara e uma ofensa ao país. Não é apenas pelas faltas que ele tem de ser cassado, é por conspirar contra o Brasil e os brasileiros junto ao governo de Donald Trump”, escreveu Gleisi em suas redes sociais.
Manobra vergonhosa oficializa o traidor da pátria Eduardo Bolsonaro como líder da bancada golpista. É uma desmoralização para a Câmara e uma ofensa ao país. Não é apenas pelas faltas que ele tem de ser cassado, é por conspirar contra o Brasil e os brasileiros junto ao governo de…
A substituição foi articulada pelo PL para blindar Eduardo de uma eventual cassação por faltas. O deputado está ausente das sessões deliberativas há mais de dois meses e, sem mudanças, poderia perder automaticamente o mandato no próximo ano. A manobra foi viabilizada pela renúncia da deputada Caroline de Toni (PL-SC), que deixou o posto de líder para assumir a vice-liderança do bloco oposicionista, mantendo influência nas votações.
Eduardo, que chegou a se licenciar do mandato entre março e julho para morar nos Estados Unidos, não voltou a registrar presença em plenário desde então. Nesse período, tem sido apontado como um dos principais articuladores das sanções impostas pelo governo de Donald Trump contra o Brasil, medidas que entraram em vigor em agosto e buscam pressionar pela reversão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Corte condenou o ex-presidente a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa e outros crimes ligados aos ataques de 8 de janeiro. Para Gleisi, a manobra de blindagem de Eduardo é mais uma demonstração da aliança explícita do bolsonarismo com interesses estrangeiros contrários à democracia brasileira.
Com informações do Brasil 247
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