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Uma nova pesquisa da AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, revelou que a maioria da população rejeita a proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O levantamento Latam Pulse Brasil, realizado entre 10 e 14 de setembro com 7.291 eleitores, mostrou que 57,3% são contrários à anistia “ampla, geral e irrestrita”, enquanto apenas 40,6% se disseram favoráveis. A margem de erro é de um ponto percentual, com 95% de confiança.
O estudo aponta também que a resistência ao perdão institucional cresce. Para 50,2% dos entrevistados, não deve haver nenhum tipo de anistia. Outros 41,3% aceitariam a medida apenas se incluísse Jair Bolsonaro, e 6,1% defenderam uma anistia restrita apenas a manifestantes de base, sem beneficiar líderes políticos.
A polêmica ganhou fôlego após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), encerrar seu discurso no 7 de Setembro defendendo a pauta. “Vamos para vitória, vamos para anistia. Eu tenho certeza que nós vamos chegar na anistia”, disse o aliado do bolsonarismo.
Segundo a pesquisa, a fala de Tarcísio dividiu a opinião pública: 49,1% discordaram totalmente de sua declaração, enquanto 43,5% disseram concordar. Outros 5,9% afirmaram concordar parcialmente.
O impacto eleitoral é imediato. Caso mantenha a bandeira da anistia, 54,5% dos eleitores afirmaram que jamais votariam em Tarcísio para presidente em 2026, contra 31,8% que garantiram voto certo e 11,5% que dependeriam do cenário.
Além disso, 50,5% dos entrevistados acreditam que o governador não deveria se envolver ativamente na campanha pela anistia, contra 43,3% que apoiam seu protagonismo. Os números indicam um risco político alto: ao atrelar sua imagem à defesa de golpistas, Tarcísio pode perder força no eleitorado moderado e ampliar a rejeição em uma eventual corrida ao Planalto.
Com informações do Brasil 247
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