18/9/2025 12:27

ESCÂNDALO! Delegado que chefiou caso da FACADA de Bolsonaro é preso por CORRUPÇÂO

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A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17) o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da instituição em Minas Gerais e figura de peso dentro da corporação até 2024. Ele é acusado de integrar um esquema de corrupção envolvendo órgãos ambientais e de mineração. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de prisão, com 17 pessoas detidas.

Teixeira chegou a ser o terceiro na hierarquia da PF e, atualmente, trabalhava na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, ligada ao Serviço Geológico do Brasil. Também fazia parte do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, indicado em 2024 pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O delegado ganhou notoriedade em 2018, quando chefiava a superintendência da PF em Minas e conduziu a investigação da facada contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora. No ano seguinte, esteve à frente das apurações iniciais sobre o rompimento da barragem de Brumadinho. Antes, já havia ocupado cargos como secretário adjunto de Defesa Social e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente em Minas Gerais.

A operação prendeu também Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM). Segundo o inquérito, servidores recebiam propinas para liberar licenças e autorizações fraudulentas, o que permitia a exploração ilegal de minério de ferro em áreas de preservação. O esquema teria movimentado mais de R$ 3 milhões em pagamentos ilícitos.

De acordo com a PF, o grupo econômico envolvido reunia mais de 40 empresas e projetos avaliados em cerca de R$ 18 bilhões. Os acusados atuavam em órgãos como a ANM, o Iphan e a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas, com parte dos investigados recebendo uma espécie de mesada em troca de favorecimentos.

Os presos devem responder por crimes ambientais, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União e embaraço à investigação. A ação contou com apoio da Controladoria-Geral da União, da Receita Federal e do Ministério Público Federal. A defesa de Rodrigo de Melo Teixeira ainda não se pronunciou.

Com informações do DCM

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