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Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17), o chanceler cubano Bruno Rodríguez voltou a denunciar o impacto devastador do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de seis décadas. Ele destacou que o tema será levado à Assembleia Geral da ONU nos dias 28 e 29 de outubro, em mais uma tentativa de pressionar pela revogação da medida.
Rodríguez ressaltou que o bloqueio não se resume a números, mas corrói a vida cotidiana das famílias cubanas. “É impossível expressar em cifras o dano emocional, a angústia e o sofrimento que o bloqueio impõe. Mais de 80% dos cubanos nasceram depois do início dessa política criminosa”, afirmou. Só no último período, os prejuízos chegaram a US$ 7,5 bilhões, um salto de 49% em relação ao relatório anterior. Desde o início, o acúmulo é de US$ 170,6 bilhões — o equivalente a mais de US$ 2,1 trilhões se convertido em ouro.
Segundo o chanceler, sem as restrições, o PIB cubano teria crescido 9,2% em 2024, uma das maiores taxas da América Latina. Entre os setores mais atingidos estão saúde e educação: faltam medicamentos, equipamentos e peças de reposição, o que compromete serviços essenciais. Rodríguez deu um exemplo emblemático: em apenas 10 minutos de bloqueio, Cuba perde recursos suficientes para custear aparelhos auditivos para todas as crianças com deficiência na educação especial.
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A política de sanções, lembrou, também se estende ao setor financeiro. Mais de 40 bancos estrangeiros se recusaram a operar com Cuba e 140 transferências bancárias foram rejeitadas recentemente, prejudicando até o fornecimento de combustíveis, o transporte público e a energia elétrica. Ele condenou ainda a permanência de Cuba na lista norte-americana de países patrocinadores do terrorismo e o uso do Título III da Lei Helms-Burton, que abre espaço para ações judiciais contra empresas que negociam com Havana.
Apesar da ofensiva dos EUA, Rodríguez reafirmou que o bloqueio não conseguiu nem conseguirá derrotar a Revolução. “Embora crie dificuldades, escassez e sofrimento, o bloqueio nunca colocará o povo cubano de joelhos”, disse. Em 2024, mais de 2 mil eventos e declarações internacionais denunciaram a política de Washington, incluindo manifestações de organismos da ONU sobre seus impactos em mulheres e meninas.
O chanceler também criticou o aumento da presença militar norte-americana no Caribe, especialmente contra a Venezuela e o presidente Nicolás Maduro. Ele acusou a extrema direita dos EUA, incluindo o senador Marco Rubio, de conspirar contra governos legítimos da região. Por fim, apelou à comunidade internacional para que renove sua condenação ao bloqueio na Assembleia Geral da ONU, reforçando a defesa do direito internacional e da paz regional.
Com informações do Brasil 247
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