22/9/2025 13:05

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Palestina e acendem esperança em Gaza

1345 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O anúncio feito neste domingo (21) por Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal, reconhecendo oficialmente o Estado palestino, acendeu uma chama de esperança entre os palestinos que sobrevivem sob os bombardeios em Gaza. Para Israel, no entanto, a decisão simbólica trouxe indignação e temor de isolamento diplomático.

Em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, Salwa Mansur, de 35 anos, deslocada para Al Mawasi, celebrou: “O mundo finalmente começa a ouvir nossa voz, e isso já é uma vitória moral”. Jovens como Mohamed Abu Jusa, de 23 anos, também apontaram que o gesto mina a legitimidade internacional de Israel e renova o ânimo da causa palestina, mesmo diante da brutal ofensiva em curso.

Apesar do simbolismo, parte dos palestinos da Cisjordânia expressou ceticismo. Mohamed Azam, morador de Ramallah, lembrou que outros países já reconheceram a Palestina no passado sem que a vida da população tivesse mudado de fato. Ainda assim, os novos apoios chegam em um momento de extrema gravidade, quase dois anos após o início da guerra.

No mesmo domingo, ao menos 32 palestinos foram mortos em ataques israelenses na Cidade de Gaza, segundo a Defesa Civil local. Ao todo, desde outubro de 2023, mais de 65 mil palestinos foram assassinados pela ofensiva de Israel, em sua maioria civis, conforme dados reconhecidos pela ONU. O massacre é a resposta ao ataque inicial do Hamas, que matou 1.219 pessoas em Israel.

Enquanto isso, o governo de Benjamin Netanyahu anunciou que pretende ampliar a colonização ilegal na Cisjordânia, em clara afronta às resoluções internacionais. Em Jerusalém, moradores israelenses reagiram com raiva à decisão de países ocidentais. Tamar Lomonosov, de 24 anos, classificou Gaza como “um lugar vinculado ao terrorismo”, enquanto Muriel Amar, franco-israelense de 62 anos, afirmou não entender como se pode “virar a página” sem a libertação de reféns.

A postura de aliados históricos de Tel Aviv, no entanto, mostra que a pressão internacional cresce contra os crimes de guerra e a política expansionista de Netanyahu. Para muitos em Gaza, esse pode ser o início de uma virada histórica.

Com informações da Fórum

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