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O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciou que vai recorrer da decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que barrou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da minoria. A medida, publicada no Diário Oficial, mantém o registro das faltas de Eduardo, que já somam 18 em 32 sessões, número que pode levar à perda do mandato por excesso de ausências.
Sóstenes alegou que havia um acordo prévio com Motta para que Eduardo assumisse o posto, mas que pressões externas teriam feito o presidente da Câmara mudar de posição. O bolsonarista insinuou até que Motta poderia “entrar na rota de sanções” dos Estados Unidos, em alusão às medidas orquestradas pelo governo de Donald Trump contra autoridades brasileiras.
O parecer que embasou a decisão reforça que a presença física em plenário é uma obrigação constitucional do parlamentar. A função de liderança, segundo o documento, exige atuação ainda mais intensa, o que torna incompatível a situação de Eduardo, que vive nos Estados Unidos. De lá, ele atua em parceria com o blogueiro Paulo Figueiredo para pressionar o governo Trump a impor sanções ao Brasil e interferir nos julgamentos do STF contra Jair Bolsonaro, já condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe.
A disputa pela liderança da minoria tem relevância estratégica, já que cabe ao maior bloco de oposição ao governo ocupar o cargo. A liderança da oposição, por sua vez, agrega todos os partidos contrários ao Planalto. Essa diferença, embora técnica, pesa na correlação de forças dentro da Câmara.
Enquanto isso, a ala bolsonarista segue mobilizada em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Após visitar Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, Sóstenes afirmou que o ex-presidente “manteve apoio” à proposta. Para viabilizar a pauta, a bancada cogita trocar o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ou apresentar uma emenda ao texto da anistia, numa tentativa de medir o real apoio à ideia dentro do Congresso.
O episódio expõe o enfraquecimento de Eduardo Bolsonaro, que vê sua ambição política ameaçada não apenas pelas ausências e pela denúncia da PGR, mas também pela crescente resistência dentro da própria Câmara.
Com informações do Brasil 247
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