23/9/2025 13:01

Arrecadação soma trilhões e bate recorde no acumulado

1958 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Receita Federal divulgou nesta terça-feira (23) que a arrecadação de agosto de 2025 somou R$ 208,79 bilhões, o segundo maior valor já registrado para o mês. Apesar do resultado expressivo, houve queda real de 1,5% em relação a agosto de 2024, quando foram arrecadados R$ 211,96 bilhões corrigidos pela inflação.

Segundo o órgão, a retração foi puxada por fatores não recorrentes, em especial a calamidade climática no Rio Grande do Sul, que reduziu em R$ 3,6 bilhões a arrecadação do mês passado. Também contribuíram para o recuo a queda de 8,3% no recolhimento de IRPJ e CSLL, ligados ao lucro empresarial, e a redução de 9,1% nos tributos sobre importações, consequência de uma retração de 8,4% no valor das compras externas em dólar.

No setor produtivo, os dados de agosto apontaram desempenho desigual: enquanto a produção industrial caiu 0,9% e as vendas de mercadorias recuaram 2,5%, os serviços avançaram 2,8% e a massa salarial nominal cresceu 8,3%, o que sustenta parte da arrecadação.

Mesmo com o resultado negativo em agosto, o acumulado do ano segue positivo. Entre janeiro e agosto, a arrecadação federal alcançou R$ 1,905 trilhão, alta real de 3,7% em comparação com o mesmo período de 2024 e recorde histórico para o intervalo. Desse total, R$ 1,822 trilhão foram administrados diretamente pela Receita.

Entre os fatores que impactaram as receitas estão: o efeito da tragédia climática no Sul (R$ 3,7 bilhões a menos), resultados atípicos de IRPJ e CSLL (menos R$ 1 bilhão), a queda de R$ 13 bilhões na tributação de fundos exclusivos e desonerações que reduziram a arrecadação em R$ 1,688 bilhão. Por outro lado, a arrecadação do IOF cresceu após alterações na legislação.

As micro e pequenas empresas seguem em trajetória de crescimento: o Simples Nacional arrecadou R$ 135,6 bilhões no acumulado do ano, sendo R$ 17,7 bilhões apenas em agosto, alta de 2,2% frente ao mesmo mês de 2024. O dado reforça a importância do segmento como motor da economia.

Com informações do Brasil 247

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