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Líderes do Centrão avaliam que uma eventual candidatura de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em 2026 pode fragmentar ainda mais a direita e abrir caminho para uma reeleição tranquila do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possivelmente já no primeiro turno. A análise, divulgada pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, indica que a divisão no campo conservador enfraqueceria os planos da extrema-direita.
Segundo dirigentes ouvidos, Eduardo busca herdar a base eleitoral do pai e se projetar para 2030. A candidatura, mesmo diante de dificuldades judiciais, serviria para evitar que o bolsonarismo migre para nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, ou Ratinho Jr. (PSD), do Paraná.
No entanto, o deputado sabe que deve enfrentar barreiras no Supremo Tribunal Federal, onde responde a acusações de tentativa de coação contra magistrados. A expectativa é de que uma eventual condenação possa inviabilizar sua presença nas urnas já em 2026.
Apesar do risco, aliados acreditam que Eduardo insistirá até o limite dos recursos jurídicos possíveis. O objetivo seria menos vencer agora e mais manter-se como herdeiro político do bolsonarismo, preservando espaço para 2030.
Fontes do Centrão também avaliam que ele pode disputar mesmo sem o apoio direto de Jair Bolsonaro — e até contra um nome indicado pelo próprio pai. Essa possibilidade reforça a percepção de que a direita caminha para uma disputa interna feroz, com grande potencial de beneficiar Lula.
Nos bastidores, Eduardo tem dito a aliados que há movimentos para convencer Jair Bolsonaro a apoiar um “nome de fora da política tradicional”. Ele, porém, insiste em se apresentar como guardião do legado do ex-presidente, disposto a barrar qualquer tentativa de desviar o eleitorado bolsonarista para outros candidatos.
Com informações do DCM
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