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Na abertura da 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) transformou o tradicional discurso em um verdadeiro manifesto pela defesa da democracia, da soberania e do multilateralismo. Com firmeza, denunciou o avanço do autoritarismo no mundo e destacou que não existe pacificação com impunidade, numa referência clara à condenação histórica do golpista Jair Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente.
Um dos episódios mais surpreendentes da sessão foi a reação de Donald Trump. Depois de atacar o Brasil em seu discurso, o presidente americano abandonou o tom hostil e relatou um breve encontro com Lula, que terminou em um inesperado abraço. A cena, vista como improvável, revelou uma tentativa de aproximação, ainda que cercada de desconfiança. Diplomatas avaliam que o gesto expôs a vaidade de Trump, desarmada pela habilidade política e pelo carisma do líder brasileiro.
No conteúdo central, Lula apresentou o Brasil como exemplo de superação, ao celebrar a saída do país do Mapa da Fome em 2025. Defendeu uma “guerra global contra a fome”, com medidas práticas como corte de gastos bélicos, alívio da dívida externa — sobretudo de países africanos — e uma tributação mínima sobre os super-ricos. O petista anunciou ainda a criação da Aliança Global contra a Fome, já apoiada por 103 países no âmbito do G20.
Outro ponto forte foi a denúncia do genocídio em Gaza. Lula condenou os ataques do Hamas, mas classificou como inaceitável o massacre imposto por Israel contra os palestinos, com fome e deslocamentos forçados usados como armas de guerra. Também cobrou o reconhecimento do Estado da Palestina e criticou o veto que mantém seu povo sem representação plena na ONU.
Na agenda climática, Lula anunciou que a COP30 em Belém será “a COP da verdade”, prometendo cortes de até 67% nas emissões brasileiras. Defendeu a criação de um Fundo de Florestas Tropicais para recompensar a preservação e condenou o modelo predatório de exploração mineral.
O discurso terminou com a defesa da reforma da ONU e da OMC, e homenagens a figuras como Pepe Mujica e Papa Francisco, exaltados como símbolos de humanismo. Lula reafirmou que a paz mundial exige não apenas eleições livres, mas a redução de desigualdades e a garantia de direitos básicos.
Com informações do Brasil 247
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