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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou a aliados que anunciará Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência assim que retornar de sua viagem oficial aos Estados Unidos. A decisão foi debatida com ministros e dirigentes petistas no fim de semana, antes do embarque para Nova York, e já está fechada.
A mudança implica a saída de Márcio Macêdo (PT), que deixa o cargo para disputar as eleições de 2026. Lula fez questão de registrar sua confiança no aliado sergipano, que seguirá com apoio do PT de Sergipe e do senador Rogério Carvalho para uma candidatura ao Legislativo.
A nomeação de Boulos é considerada estratégica: reforça a base histórica da esquerda, amplia a interlocução com movimentos sociais e reanima a militância, sobretudo entre a juventude. A Secretaria-Geral, instalada dentro do Planalto, tem papel direto nesse campo, tornando o posto um espaço central para o PSOL na articulação política do governo.
Para Boulos, trata-se de um novo fôlego político após a derrota para Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2024. Deputado mais votado do estado em 2022, ele agora ganhará projeção nacional a partir do Planalto, consolidando-se como uma das principais vozes da esquerda para os próximos anos.
Essa será a 13ª mudança ministerial no terceiro mandato de Lula. Além da troca na Secretaria-Geral, o presidente negocia a substituição de Celso Sabino no Turismo, exigência do União Brasil. Uma reforma mais ampla está prevista para 2026, quando ao menos 20 ministros devem deixar seus cargos para concorrer às eleições.
A entrada de Boulos no governo simboliza a consolidação da aliança entre PT e PSOL, costurada em 2024 quando Lula interveio para garantir apoio petista à candidatura do psolista em São Paulo. Agora, o gesto de nomeá-lo ministro é visto como passo decisivo para fortalecer a esquerda diante da ofensiva da direita no Congresso.
Com informações do DCM
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