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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, conclamou neste domingo (14) a população a abandonar produtos estrangeiros e priorizar os fabricados no país. O discurso ocorre em meio à escalada da crise comercial com os Estados Unidos, após o governo Donald Trump impor tarifas de 50% sobre bens indianos.
Em pronunciamento transmitido nacionalmente, Modi defendeu o fortalecimento do conceito de Swadeshi — o consumo de mercadorias “feitas na Índia” — e pediu que seus apoiadores boicotem marcas norte-americanas populares no país, como McDonald’s, Pepsi e Apple. “Muitos dos produtos que usamos diariamente são estrangeiros, mas nem nos damos conta. Precisamos nos desfazer deles”, declarou.
Segundo o premiê, adotar o consumo interno é essencial para proteger a economia indiana diante do tarifaço de Washington. Ele também apelou aos comerciantes para que priorizem a venda de mercadorias nacionais. “Devemos comprar produtos feitos na Índia”, reforçou, evitando citar diretamente os Estados Unidos, mas deixando clara a resposta ao gesto de Trump.
Com uma população de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia é hoje um dos maiores mercados consumidores do planeta. A medida pode afetar diretamente os lucros de multinacionais norte-americanas, que há anos disputam espaço no país asiático e encontram ali uma das bases mais lucrativas para expansão.
A ofensiva de Modi é vista como um passo estratégico para reforçar a identidade econômica e política indiana, num momento em que os atritos entre Nova Déli e Washington se intensificam. Ao mesmo tempo, fortalece a narrativa de aproximação da Índia com outros parceiros do BRICS, como Brasil, Rússia e China, na busca por alternativas ao domínio norte-americano.
Com informações da Fórum
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