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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (25) que a votação da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda será realizada no dia 1º de outubro, sem qualquer vínculo com o projeto que busca reduzir as penas dos criminosos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. A fala de Motta rebateu diretamente a tentativa de pressão feita pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
Segundo Motta, a proposta que beneficia milhões de brasileiros já está madura e não será usada como moeda de troca. A reação foi vista como um recado firme, principalmente após Paulinho afirmar que a votação da isenção estaria condicionada à análise de seu projeto de “dosimetria”, interpretado por muitos parlamentares como uma anistia disfarçada para golpistas.
Na quarta-feira (24), Paulinho havia declarado que, se a Câmara não votasse seu texto, o avanço sobre o Imposto de Renda também ficaria comprometido. A postura foi criticada por deputados petistas, que consideraram a fala uma espécie de chantagem política, já que a pauta da Casa é definida pelo presidente e pelo Colégio de Líderes, e não pelo relator.
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A reunião entre Paulinho e a bancada do PT, que se estendeu por mais de duas horas, expôs novamente a divisão da oposição. Enquanto setores da direita defendem a anistia ampla, inclusive a Jair Bolsonaro, outros resistem ao desgaste público de defender golpistas. O texto de Paulinho ainda carece de apoio consolidado e nem sequer está pronto.
O PT reafirmou sua posição contrária a qualquer perdão aos criminosos do 8 de Janeiro, argumentando que a proposta de Paulinho, além de política, seria inconstitucional, já que tentaria reverter decisões do Supremo Tribunal Federal. “Não há pacificação com impunidade”, foi a tônica da resposta petista.
O episódio expôs a fragilidade do discurso de “pacificação nacional” usado por Paulinho da Força e reforçou a determinação da base governista em separar o interesse da população — com mais justiça tributária — das manobras de blindagem política da extrema-direita.
Com informações do DCM
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