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O governo Lula (PT) anunciou uma ofensiva emergencial contra o escândalo de bebidas adulteradas com metanol que já deixou três mortos em São Paulo e pode ter se espalhado para outros estados. O alerta foi feito pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que determinou a abertura de processo administrativo pela Secretaria Nacional do Consumidor para garantir os direitos da população.
A ação será coordenada com o Ministério da Saúde. O ministro Alexandre Padilha (PT) informou que será publicada uma nota técnica orientando médicos e enfermeiros sobre como identificar rapidamente sinais de intoxicação por metanol e os protocolos clínicos a serem seguidos.
Padilha ressaltou que os casos fogem totalmente do padrão histórico. “O Brasil registra, em média, 20 ocorrências por ano. Só em setembro, já tivemos quase metade desse número”, alertou. Ele orientou os profissionais a acionarem imediatamente os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) sempre que houver suspeita de envenenamento.
De acordo com o balanço oficial, dez casos já foram confirmados em São Paulo desde o início de setembro. A vítima mais recente foi um homem de 45 anos, que morreu em 28 de setembro, em São Bernardo do Campo.
Além da atuação na saúde, a Polícia Federal foi acionada para investigar a origem das bebidas adulteradas e rastrear a rede criminosa responsável pela distribuição, que pode ultrapassar as fronteiras paulistas.
As autoridades reforçaram que o metanol é altamente tóxico e pode causar dor abdominal intensa, náusea, vômito, falta de ar e até levar à morte. A orientação é nunca consumir bebidas de procedência duvidosa e denunciar imediatamente suspeitas de adulteração.
Com informações do Brasil 247
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