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A longa temporada de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos desde fevereiro não impediu que seu gabinete na Câmara continuasse consumindo quase todo o orçamento destinado ao pagamento de servidores. Mesmo ausente do país, o filho de Jair Bolsonaro manteve uma estrutura de nove funcionários que custou cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos desde sua partida em 27 de fevereiro.
O gabinete vem utilizando praticamente o limite total da verba mensal — pouco mais de R$ 132 mil, dos R$ 133 mil autorizados. Entre os funcionários mais bem pagos está Eduardo Nonato de Oliveira, aliado de extrema confiança do deputado. Outro nome de destaque é Telmo Broetto, ex-agente da Abin e ex-assessor de Jair Bolsonaro, acompanhado do filho, Bernardo Broetto, também contratado.
Enquanto a equipe trabalhava no Brasil, Eduardo atuava nos Estados Unidos em articulações políticas contra ministros do STF e contra o governo Lula. Em março, pediu 120 dias de licença e, mesmo assim, embolsou R$ 46 mil. Ao retornar da licença em julho, voltou a receber salário integral. O excesso de faltas rendeu notificação: o deputado passou a dever R$ 13,9 mil em ausências injustificadas, entrando na Dívida Ativa após pedido da própria Câmara.
A situação é tão grave que Eduardo já acumula 46 faltas sem justificativa — e, caso atinja um terço das sessões, pode ser cassado. A cúpula do PL ainda tentou blindá-lo ao sugeri-lo como líder da minoria, o que evitaria o registro das faltas, mas o presidente da Câmara, Hugo Motta, barrou a manobra após pressão das manifestações que pediram o fim da PEC da Bandidagem.
Mesmo com gabinete cheio e custeado pelo dinheiro público, a produtividade parlamentar de Eduardo é pífia: apenas 11 votações nominais em 2024 e um único discurso em plenário. Entre raras intervenções formais, chegou a enviar um requerimento afirmando ter dificuldades para acessar o sistema InfoLeg durante sessões semipresenciais, apesar de passar o ano todo extremamente ativo nas redes sociais espalhando desinformação.
Fora do país, Eduardo também ecoou narrativas para minimizar a atuação diplomática do governo Lula, afirmando que a redução de tarifas de importação pelos EUA não teria relação com o Brasil, e sim com questões internas de Donald Trump. Durante sua licença, o suplente Missionário José Olímpio assumiu, mas também teve atuação apagada e manteve parte da equipe do titular.
Com informações do DCM
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