16/12/2025 12:08

Fim da Linha: Moraes rejeita defesas e afirma que crimes golpistas já estão comprovados

810 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reforçou com veemência o caráter golpista de uma carta enviada pelo general Mário Fernandes ao então comandante do Exército, general Freire Gomes. O documento, que integra o vasto conjunto de provas reunidas pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre a tentativa de ruptura institucional após o segundo turno das eleições de 2022, foi classificado por Moraes como um "monumento histórico da literatura golpista brasileira".

De acordo com os autos da investigação, a carta foi encaminhada em novembro daquele ano, via WhatsApp, por Mário Fernandes — identificado pelo codinome "kid preto" — e tinha como objetivo pressionar a cúpula militar em meio às articulações investigadas pela PF. O teor do material evidencia a tentativa de mobilização e adesão das Forças Armadas ao esquema criminoso que pretendia anular o resultado eleitoral.

Durante a leitura de seu voto, Moraes optou por não ler o texto integralmente, mas destacou o final, reforçando seu simbolismo e a importância de seu registro nos anais do STF. O trecho citado faz um chamamento ideológico aos militares: “Reforço, ainda, comandantes, que somos aves de mesma plumagem, que voam e pensam juntas, e cujo sacrifício pela pátria não é apenas uma rotina, mas sim a nossa motivação”.

Na sequência, o ministro foi assertivo em sua interpretação, ligando o conteúdo da carta diretamente à prática criminosa. "Faltou apenas dizer ’Força’. Aqui reafirma-se: é o seu intuito [a carta], é golpista. Portanto, está aqui claramente demonstrada a prática delitiva apontada pela Procuradoria-Geral da República na denúncia em relação ao réu Mário Fernandes”, concluiu Moraes.

Ao analisar as preliminares apresentadas pelas defesas dos réus que compõem o chamado núcleo 2 da trama golpista, o relator rejeitou todos os argumentos protelatórios. Moraes enfatizou que não há controvérsia quanto à existência dos crimes imputados, destacando que a materialidade dos delitos já foi devidamente comprovada no curso do processo, sinalizando que o julgamento avança com base em evidências robustas contra os envolvidos no esquema.

Com informações do Brasil 247

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