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Em um balanço franco sobre os embates na Câmara, o líder do PT, Lindbergh Farias, desconstruiu a ideia de um conflito pessoal com o presidente da Casa, Hugo Motta, para apontar o verdadeiro núcleo da crise: uma agenda legislativa imprevisível e desarticulada. "Eu nunca tive problema, nunca tivemos problema pessoal. O problema de tudo foi a agenda que foi colocada aqui em curso", afirmou o parlamentar, criticando a forma "meio errática" como temas sensíveis foram pautados, surpreendendo a base governista e levando a sucessivas derrotas.
Lindbergh citou como exemplo emblemático a votação que derrubou o decreto do IOF. "A gente soube da votação do IOF no Twitter, às 11 horas da noite", relembrou, destacando que o governo sofreu uma de suas maiores derrotas, com menos de 100 votos. Paradoxalmente, para o líder petista, esse revés marcou um ponto de virada. "Ali começou a virada de jogo nossa aqui no Parlamento e também do governo na sociedade", avaliou, sugerendo que as derrotas no Congresso serviram para galvanizar a base e recompor a imagem do governo Lula perante a opinião pública.
Apesar de relatar que o diálogo institucional com Hugo Motta foi retomado após um rompimento no fim de novembro, Lindbergh deixa claro que a relação é estritamente política e segue marcada pela desconfiança. Ele condiciona qualquer possibilidade de acordos futuros, especialmente para as eleições de 2026, à atuação do presidente da Câmara em temas cruciais que ainda estão por vir, como o desfecho do PL da Dosimetria no Senado. Em sua análise, os conflitos travados no plenário, longe de apenas enfraquecerem o Executivo, acabaram por fortalecê-lo politicamente, preparando o terreno para uma disputa eleitoral mais robusta. "O governo entra em 2026 mais forte", concluiu.
Com informações do Brasil247
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