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Uma nova e explosiva fase das investigações da Polícia Federal no Rio de Janeiro atingiu em cheio o coração do poder estadual nesta terça-feira (16), com a prisão do desembargador Macário Júdice Neto e buscas contra o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar. Segundo o ex-governador Anthony Garotinho, que detalhou a operação em suas redes sociais, a ação investiga um grave esquema de vazamento de informações sigilosas de investigações que teriam beneficiado integrantes do Comando Vermelho. O desembargador é suspeito de ter alertado Bacellar sobre uma operação que miraria o deputado TH Joias, em um jantar onde ambos estavam presentes.
Garotinho descreve a operação como um esforço para desmontar o que chamou de “núcleo político-jurídico do Comando Vermelho” no estado, alertando que o “estrago” será grande. O ex-governador afirmou que a PF já pediu a prisão de mais cinco deputados estaduais e que está próxima de prender o empresário Fernando Trabach, apontado como operador financeiro de Bacellar e suspeito de lavar dinheiro do tráfico através de postos de combustível. “Fernando Trabach já meteu o pé e já saiu do Brasil. Está fugido”, declarou Garotinho, em um cenário de crise que se aprofunda rapidamente.
As revelações apontam para uma teia perigosa de relações. Segundo Garotinho, a análise do telefone de Bacellar revelou conversas frequentes com o desembargador preso. Além disso, buscas também foram realizadas na casa de Rui Bulhões, descrito como um homem de extrema confiança de Bacellar dentro da Alerj, e na residência da esposa do desembargador no Espírito Santo, que teria pedido demissão de cargo na Assembleia após o caso vir à tona. “Ele, dentro da Assembleia, era uma espécie de presidente sem mandato. Ele que dava ordens”, disse sobre Bulhões.
Ao fazer um balanço sombrio, Anthony Garotinho projetou que a crise deve atingir o topo do poder no Rio. “Não se surpreendam se acontecer alguma coisa envolvendo o governador Cláudio Castro. Minha avaliação é que Cláudio Castro vai ser afastado em breve”, afirmou. A operação, que ainda está em andamento, promete abalar as estruturas políticas do estado, expondo supostas conexões entre agentes públicos e o crime organizado que, segundo as investigações, operavam de forma coordenada para obstruir a Justiça e proteger interesses ilegais.
Com informações do Brasil247
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