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O projeto de sucessão política de Jair Bolsonaro enfrenta um obstáculo de grandes proporções: a rejeição recorde do filho e indicado, Flávio Bolsonaro. Dados da pesquisa Genial/Quaest divulgados nesta terça-feira (16) mostram que 60% dos eleitores afirmam que não votariam no senador em uma eventual disputa presidencial, um percentual que o iguala ao índice negativo do próprio pai e supera a rejeição de 54% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento coloca Flávio em um patamar de impopularidade superior ao de outros possíveis adversários, como Ciro Gomes (56%), Tarcísio de Freitas (47%) e governadores como Ratinho Jr. (39%) e Romeu Zema (35%).
A indicação de Flávio como herdeiro político, no entanto, é contestada até mesmo dentro de seu próprio campo eleitoral. A pesquisa aponta que a maioria dos entrevistados considera a escolha de Jair Bolsonaro equivocada. Entre os eleitores identificados com o bolsonarismo, a preferência para representar o grupo nas urnas recai sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e não sobre o filho. Apesar do alto índice de rejeição, o estudo também indica que, em um cenário de primeiro turno, Flávio ainda apresenta força relativa e vantagem sobre outros nomes da direita, com desempenho semelhante ao de Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr., o que reflete a polarização e a fragmentação do campo oposicionista.
A pesquisa Genial/Quaest, que ouviu 2.004 pessoas entre 11 e 14 de dezembro, tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos percentuais. Os números desenham um cenário complexo para as eleições de 2026: enquanto Lula consolida liderança, a direita se debate entre uma alta rejeição a Flávio Bolsonaro, a falta de um nome unificador e uma disputa interna sobre quem deve liderar o grupo, evidenciando os desafios da oposição para construir uma candidatura competitiva.
Com informações do Brasil247
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