1967 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A permanência de Jaques Wagner na liderança do governo no Senado está com os dias contados. Integrantes do Palácio do Planalto e lideranças aliadas avaliam que o senador deve deixar o posto em 2026, reflexo do enorme desgaste gerado pela condução do PL da Dosimetria. O projeto é visto como um escárnio, pois reduz penas e pode beneficiar diretamente os criminosos envolvidos nos ataques terroristas de 8 de janeiro contra a nossa democracia.
O estopim da crise foi a articulação desastrosa que permitiu a votação da proposta nesta quarta-feira, ignorando completamente as orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Planalto, o clima é de indignação. Ministros e auxiliares foram pegos de surpresa com o acordo que atropelou prazos regimentais no Senado para acelerar a deliberação de uma medida que favorece quem tentou destruir o Estado de Direito.
A postura de Jaques Wagner o colocou sob fogo cruzado dentro da própria base governista. Parlamentares comprometidos com a justiça afirmam que a movimentação do líder passou um sinal errado, sugerindo que o governo Lula estaria disposto a negociar o mérito de um projeto que atenta contra a punição de golpistas. Essa ambiguidade é inaceitável para quem luta diariamente contra o entulho autoritário deixado pelo bolsonarismo.
No plenário, a reação foi imediata e contundente. O senador Renan Calheiros criticou abertamente a manobra, comparando o acordo a um "peru de Natal" entregue de presente aos golpistas que vandalizaram Brasília. Essa declaração deu voz ao sentimento de traição que percorreu os corredores do governo, aumentando a pressão política sobre a liderança de Wagner, que falhou em proteger os interesses do povo brasileiro.
Veja:
Renan Calheiros critica Jaques Wagner:
— Sam Pancher (@SamPancher) December 17, 2025
“Nunca vi alguém, em nome do governo, fazer um acordo e dar peru de Natal ao golpismo”
??: Sam Pancher/Metrópoles pic.twitter.com/TUxADsyJxf