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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Sem Desconto, que apura um esquema criminoso de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. Entre os alvos de busca e apreensão está o senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão, cuja residência foi vasculhada por agentes. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, busca proteger o patrimônio dos brasileiros mais vulneráveis contra fraudes que corroem o sustento de quem trabalhou a vida inteira.
Nesta fase da investigação, a Justiça determinou a prisão preventiva de Adroaldo Portal, atual secretário-executivo e número dois do Ministério da Previdência Social. Adroaldo tem um histórico de atuação direta com o senador Weverton Rocha, tendo ocupado cargos em seu gabinete e posições estratégicas no Congresso Nacional ligadas ao PDT. Sua detenção domiciliar reforça as suspeitas sobre a infiltração de operadores políticos em estruturas do Estado para facilitar desvios bilionários.
As investigações estimam que o rombo provocado pela organização criminosa entre os anos de 2019 e 2024 chegue à marca impressionante de R$ 6,3 bilhões. Além de Adroaldo Portal, a Polícia Federal prendeu Romeu Carvalho Antunes, filho do operador conhecido como "Careca do INSS". O grupo é suspeito de montar uma rede sofisticada para extrair valores diretamente das folhas de pagamento dos beneficiários da previdência de forma fraudulenta.
O envolvimento do senador Weverton Rocha nas apurações ganhou força após a identificação de diversas pessoas de seu entorno nas investigações da PF e da Controladoria-Geral da União. O próprio "Careca do INSS" admitiu, em depoimento à CPI, ter participado de um churrasco na residência do parlamentar. Embora alegue que o encontro tratou apenas de regulação do mercado de cannabis, a proximidade de operadores financeiros com o líder partidário é um ponto central na linha de investigação.
Outros nomes ligados ao gabinete de Weverton também estão sob a mira das autoridades, como o ex-assessor Gustavo Gaspar, suspeito de assinar procurações para movimentação de contas bancárias de operadores do esquema. Além dele, o advogado Éric Fidelis, filho de um ex-diretor do INSS que já havia sido preso em etapas anteriores da operação, foi alvo de buscas. A rede de conexões sugere um esquema ramificado que utilizava cargos de confiança para operar o sistema previdenciário em benefício próprio.
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A operação busca agora aprofundar as provas sobre crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos, organização criminosa e ocultação de bens. Para os defensores da justiça social e do governo Lula, o avanço das investigações é fundamental para garantir que ninguém, independentemente de cargos ou alianças, fique impune ao explorar os aposentados do país. O processo segue no STF para garantir a total transparência e a punição rigorosa dos responsáveis por esse assalto aos cofres públicos.
Com informações do DCM
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