1825 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O senador e ex-juiz Sergio Moro, figura central do "lawfare" que tentou destruir a política nacional, voltou a utilizar métodos de intimidação contra a imprensa livre. Desta vez, o alvo foi a jornalista Daniela Lima, do UOL, a quem Moro ameaçou processar após a revelação de que ele autorizou grampos ilegais contra autoridades com foro privilegiado enquanto comandava a 13ª Vara Federal de Curitiba. Em um ataque típico do bolsonarismo que ele ajudou a chocar, Moro rotulou a profissional como "jornalista favorita do PT" para tentar descredibilizar a denúncia.
A reportagem de Daniela Lima expõe documentos apreendidos pela Polícia Federal que comprovam como a operação Lava Jato atropelava a lei para perseguir seus alvos. Entre os materiais encontrados, destaca-se um despacho assinado pelo próprio Sergio Moro e uma gravação de aproximadamente 40 minutos. As provas indicam que o então juiz ignorava as normas básicas do Direito ao monitorar autoridades que só poderiam ser investigadas com autorização de tribunais superiores, ferindo a hierarquia do Judiciário brasileiro.
De acordo com a apuração, os grampos ilegais incluíram o monitoramento do então presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Heinz Herwig. Sergio Moro teria autorizado a escuta baseando-se em delações premiadas, mas sem solicitar a permissão obrigatória do Superior Tribunal de Justiça. Esse tipo de conduta reforça a tese de que a Lava Jato operava como um estado paralelo, escolhendo quem vigiar e quem punir à revelia da Constituição Federal para servir a interesses políticos escusos.
Em sua defesa nas redes sociais, Sergio Moro tentou minimizar a gravidade do caso, alegando que os áudios são antigos e que a notícia seria "fake". Segundo o ex-juiz, as gravações seriam de 2005 e mencionariam apenas supostas conversas de desembargadores que não teriam relação com a Lava Jato. No entanto, a Polícia Federal analisa os documentos como provas de um modus operandi de espionagem ilegal que marcou a sua atuação na magistratura.
Veja:
Os áudios de desembargadores do TRF4 que a jornalista preferida do PT afirma terem sido encontrados na 13 Vara não passam de áudios de terceiros gravados legalmente em 2005 nos quais são mencionadas supostas conversas de desembargadores. E nenhum desses desembargadores meramente…
— Sergio Moro (@SF_Moro) December 18, 2025