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Em uma avaliação que expõe as fissuras no campo bolsonarista, o pastor Silas Malafaia detonou a pré-candidatura presidencial do senador Flávio Bolsonaro, afirmando que ele não possui a "musculatura política" necessária para uma disputa nacional. Malafaia, uma das principais lideranças evangélicas aliadas a Jair Bolsonaro, criticou duramente a forma como o filho do ex-presidente anunciou sua intenção de concorrer ao Planalto em 2026, classificando o movimento como solitário, improvisado e sem diálogo com a base de apoio. “Um dia antes, a Michelle visita Bolsonaro, e ele não diz nada. E, para mostrar a falta de estratégia de Flávio, ele nem primeiro reuniu o partido dele para falar. Não. Usa uma rede social e quer botar goela abaixo”, afirmou o pastor em entrevista.
Além de apontar a falta de articulação, Malafaia defendeu abertamente que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seja o candidato da direita, em uma chapa que teria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como vice. Para o líder religioso, a vitória só é possível com alianças pragmáticas, rejeitando o que chamou de “falso puritanismo” dentro do bolsonarismo. “Ninguém vai ganhar a eleição se não fizer acordo com o centro. Vamos parar de falso puritanismo. E, para mim, agora, nesse momento, o melhor candidato é o Tarcísio, que tem musculatura política, e Michelle como vice”, declarou Malafaia, convocando seus aliados a discutirem ideias em vez de recorrer a “xingamentos e bobagens”.
A crítica pública de uma figura central como Malafaia representa um sério revés para o projeto de sucessão política de Jair Bolsonaro, que indicou o filho como seu herdeiro eleitoral. A declaração ocorre em um momento em que Flávio Bolsonaro, apesar de uma rejeição recorde de 60% segundo pesquisa Quaest, aparece com crescimento em alguns levantamentos dentro do fragmentado campo oposicionista. A fala do pastor, no entanto, joga luz sobre a resistência interna e a falta de unificação em torno do nome de Flávio, enquanto outros nomes, como Tarcísio, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado, ainda são cotados, mantendo a direita em um intenso e público debate sobre quem terá força para desafiar o presidente Lula na próxima eleição.
Com informações do Metrópoles
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