202 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, não reagiu bem ao ver o Diário Oficial passar a limpo a situação de seus aliados foragidos. Após o presidente da Casa, Hugo Motta, confirmar a perda de mandato de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem, Sóstenes entrou em um verdadeiro "modo de fúria", disparando ataques contra a própria Mesa Diretora e acusando o Legislativo de se tornar um "instrumento de validação" de pressões externas. Para o líder bolsonarista, o fato de parlamentares perderem o cargo por faltas excessivas ou condenação criminal definitiva é um "esvaziamento da soberania".
No seu delírio retórico, Sóstenes ignorou solenemente que Eduardo Bolsonaro abandonou o posto em fevereiro para fazer lobby nos EUA, batendo recordes de ausências, e que Ramagem é um condenado a 16 anos que fugiu clandestinamente do país. Em vez de cobrar o cumprimento do dever funcional dos colegas, o deputado preferiu culpar o "sistema democrático" e alegar que o voto popular estaria sendo anulado por decisões administrativas. Segundo ele, milhões de brasileiros ficaram sem representação — omitindo que os próprios representantes escolheram o exílio e o abandono do plenário.
A revolta de Sóstenes também atingiu o presidente Hugo Motta, a quem acusou indiretamente de aceitar uma "tutela" do Judiciário. Ao dizer que a democracia "adoece" quando mandatos são cassados sem voto em plenário, o líder do PL tenta emplacar a narrativa de que as regras regimentais da Câmara não deveriam ser aplicadas aos seus aliados. O discurso enfurecido soa como um grito de socorro de um partido que vê sua bancada de "notáveis" ser desmantelada pela própria biografia de seus integrantes.
Enquanto Sóstenes Cavalcante lamenta a "perda de autoridade" do Parlamento, os fatos mostram que a decisão de Hugo Motta apenas formalizou o que a realidade já havia imposto. Eduardo Bolsonaro orquestrava ataques ao Brasil direto de solo americano, enquanto Ramagem, integrante do "núcleo crucial" do golpe, evitava a prisão com uma fuga digna de filme. Nessa briga entre o regimento da Casa e o desespero do PL, o que se vê é um líder tentando proteger o indefensável enquanto o cerco jurídico se fecha.
Veja:
ATENÇÃO BRASIL
— Sóstenes Cavalcante (@DepSostenes) December 18, 2025
Às 16h40, recebi ligação do Presidente da Câmara, Hugo Motta, comunicando a decisão da Mesa Diretora de cassação, de ofício, dos mandatos dos Deputados Eduardo Bolsonaro e Delegado Ramagem. Trata-se de uma decisão grave, que lamentamos profundamente e que…