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A Polícia Federal desferiu um golpe certeiro no esquema de corrupção que drena os cofres públicos para sustentar o estilo de vida de figuras proeminentes da extrema-direita. Nesta sexta-feira, a Operação Galho Fraco foi deflagrada para aprofundar as investigações sobre o desvio criminoso de cotas parlamentares, expondo as entranhas de um grupo que costuma bradar moralidade, mas se vê envolvido em práticas espúrias de peculato e lavagem de dinheiro.
Entre os alvos principais da ação estão os deputados Sóstenes Cavalcante, atual líder do PL na Câmara e figura carimbada em atos bolsonaristas, e Carlos Jordy. A operação, autorizada pelo ministro do STF Flávio Dino, mobilizou agentes no Rio de Janeiro e no Distrito Federal para cumprir sete mandados de busca e apreensão. O cenário encontrado na residência de Sóstenes foi estarrecedor: os investigadores apreenderam mais de R$ 400 mil em dinheiro vivo, evidenciando o submundo financeiro do grupo.
As investigações revelam que o bando operava por meio de uma estrutura coordenada, envolvendo assessores e particulares para ocultar o roubo do orçamento público. O método consistia na simulação de contratos com empresas de locação de veículos. Esses serviços fictícios serviam apenas para justificar o uso da cota parlamentar — recurso que deveria custear despesas de mandato — transformando dinheiro dos impostos em propina e enriquecimento ilícito dos envolvidos.
Este novo escândalo é um desdobramento direto da Operação Rent a Car, que já havia identificado irregularidades em dezembro do ano passado. Naquela fase, o cerco já se fechava contra assessores diretos de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, provando que o esquema de uso indevido da verba indenizatória era recorrente e estruturado dentro dos gabinetes dessa ala política, sob o manto de uma falsa idoneidade.
Enquanto a Polícia Federal avança para desmantelar a organização criminosa, os parlamentares tentam se vitimizar. Carlos Jordy utilizou as redes sociais para atacar a Justiça, classificando a busca e apreensão como "covarde", uma narrativa padrão de quem tenta fugir das responsabilidades legais. Já a defesa de Sóstenes Cavalcante ainda é aguardada para explicar a origem da pequena fortuna encontrada em espécie sob sua posse.
O valor da cota parlamentar no Rio de Janeiro, base dos investigados, chega a R$ 41.553 mensais por deputado. É inaceitável que recursos destinados à manutenção de escritórios e deslocamentos sejam desviados sistematicamente para o bolso de políticos que sabotam o país. A PF segue analisando o material apreendido para identificar todos os beneficiários desse assalto ao Estado brasileiro.
Com informações do DCM
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