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O sonho perigoso de brasileiros que se aventuram em conflitos estrangeiros tem revelado um lado sombrio e desumano na Ucrânia. Relatos de sobreviventes expõem um sistema de corrupção e descaso onde os corpos de combatentes mortos, incluindo muitos brasileiros, são abandonados deliberadamente no campo de batalha. O objetivo desse abandono é puramente financeiro: sem o corpo, o soldado é registrado apenas como "desaparecido", permitindo que os comandantes continuem embolsando os salários das vítimas até o fim de contratos que duram três anos.
Este esquema macabro cria os chamados "desaparecidos úteis". Enquanto as famílias no Brasil ficam sem qualquer informação oficial ou apoio financeiro, as unidades militares ucranianas mantêm os nomes na folha de pagamento, lucrando com o sangue daqueles que foram seduzidos pela propaganda bélica. Em vez de um funeral digno, esses brasileiros acabam servindo de alimento para animais ou sofrendo humilhações públicas por parte das tropas russas, que registram os óbitos com escárnio nas redes sociais.
A realidade da guerra moderna é ditada por minas terrestres e drones explosivos, que despedaçam os combatentes sem chance de defesa. O envio de cinzas ou restos mortais para o Brasil tornou-se uma raridade, deixando um rastro de dor e incerteza. Estima-se que cerca de 300 brasileiros já tenham perdido a vida no leste europeu, colocando o país em um vergonhoso segundo lugar no ranking de mortes de estrangeiros no conflito, atrás apenas da Colômbia.
Muitas famílias descobrem a perda de seus parentes de forma traumática, através de fotos circulando em aplicativos de mensagens com o carimbo de morte aplicado pelos russos, que tratam esses combatentes como meros mercenários. Não há comunicação oficial; a baixa no contrato só ocorre após anos de ocultação, enquanto o benefício financeiro gerado pela morte continua sendo desviado. É a face mais cruel do sistema militar que transforma seres humanos em mercadorias de guerra.

Este cenário de horror serve como um alerta contra a romantização da guerra e o aliciamento de jovens para causas que não lhes pertencem. O desespero de quem busca uma vida melhor em frentes de batalha acaba alimentando a engrenagem de um sistema perverso de benefícios ilícitos. A morte de brasileiros em solo estrangeiro, longe de ser heróica, tem sido marcada pela solidão do abandono e pela ganância de oficiais que transformam tragédias em lucro líquido.
Abaixo, listamos alguns dos brasileiros cujas mortes já foram confirmadas, apesar das dificuldades impostas pelo sistema ucraniano de ocultação de dados:
Kauã Victor da Silva (Goiás)
Luís Felipe Vieira Toledo (Rio de Janeiro)
Francisco Elton De Araújo (Maranhão)
Lucas Lima (Minas Gerais)
Joas da Rosa Oliveira Serafim (Rio Grande do Sul)
Daniel Lucas de Campos (São Paulo)
Wendrilli Polga Lopes (Rio Grande do Sul)
Brayan Caldeira Vasconcelos (Rio de Janeiro)
Arthur Santiago da Silva (Minas Gerais)
Luís Kauan Marta de Freitas (Rio Grande do Sul)
Raysson Mendes dos Santos (Amazonas)
Luís Felipe Martin (São Paulo)
Thiago Paulo Bulhões (São Paulo)
José Nito de Jesus Souza (Bahia)
João Victor de Brito Valim (São Paulo)
Francisco Alves dos Santos Filho (Piauí)
Com informações do DCM
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