19/12/2025 15:34

Lula promete "surra" na extrema-direita em 2026 e veto à lei que reduz penas de golpistas

380 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

Em discurso durante a cerimônia de Natal da ExpoCatadores 2025, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (19) que irá vetar o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pelo Congresso, e disparou duras críticas à extrema-direita, prometendo uma resposta contundente nas eleições de 2026. O presidente vinculou a atuação de seus adversários políticos às consequências da pandemia e rejeitou qualquer medida que possa representar um recuo democrático, como anistias ou redução de penas para condenados por atos golpistas.

“Tem muita gente já pensando na eleição de 2026. Não posso pensar ainda porque tenho que trabalhar. Mas deixa eles pensarem. Quando eles quiserem, venham, porque vamos dar uma surra em quem se meter a achar que a extrema-direita vai voltar a governar esse país”, afirmou Lula, elevando o tom sobre o cenário político futuro. O presidente também associou a oposição ao negacionismo durante a crise sanitária: “Esse país não pode permitir que a extrema-direita fascista, negacionista, que foi responsável pela morte de mais de 700 mil pessoas, a maioria delas por falta de respeito, por não acreditar em vacina, por não cuidar do oxigênio, essas pessoas voltem a governar este país com mentiras pela internet”.

Ao tratar do tema da dosimetria penal, Lula foi enfático ao afirmar que vetará a lei aprovada no Congresso, que reduz penas para condenados por crimes contra a democracia. “E eles agora querem anistia. Com todo respeito aos deputados e senadores que votaram a lei da redução da pena, eu vou vetar essa lei. E se eles quiserem, que derrubem meu veto. Mas a gente tem que ensinar esse pessoal a respeitar”, disse. O presidente destacou ainda o que chamou de momento histórico, citando as prisões de figuras envolvidas na tentativa de golpe de estado. “Pela primeira vez na história desse país temos um presidente preso por tentativa de golpe. Pela primeira vez temos quatro generais de quatro estrelas presos pela tentativa de golpe, pela tentativa de fazer um plano para matar o Lula, o Alckmin e o Alexandre de Moraes”, afirmou.

No encerramento, Lula recorreu à sua própria trajetória para defender as regras democráticas e o respeito aos resultados eleitorais: “Eu perdi três eleições nesse país. Perdia e voltava para casa, me preparava para outra. Nunca tentamos tomar o poder de assalto. Eles têm que aprender que na democracia vence quem tem mais voto”. A fala reforça a estratégia do presidente de contrastar a atuação de seu governo com a dos apoiadores do anterior, posicionando-se como defensor das instituições em um cenário de polarização crescente.

Com informações do Brasil247

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