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A situação do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, tornou-se crítica após a cassação de seu passaporte diplomático. Investigado por sua atuação no governo anterior, o aliado do clã Bolsonaro agora enfrenta a tendência de ser deportado dos Estados Unidos. A avaliação de técnicos da Polícia Federal e do Ministério da Justiça é que o retorno dele ao Brasil deve ocorrer de forma acelerada, uma vez que sua permanência em solo norte-americano é considerada irregular devido ao confisco prévio de seus documentos de viagem.
Diferente do que ocorreu com o deputado Eduardo Bolsonaro, que viajou para o exterior quando seus documentos ainda estavam válidos e não era alvo das mesmas restrições, Ramagem teria ingressado nos Estados Unidos sem a documentação regular necessária. Esse detalhe jurídico é fundamental para as autoridades brasileiras e norte-americanas, pois transforma o caso de uma extradição demorada em uma deportação administrativa muito mais rápida, baseada estritamente nas leis de imigração por entrada ilegal.
A Polícia Federal e o Ministério da Justiça acompanham de perto os trâmites diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos para garantir que as normas sejam cumpridas. Como o passaporte diplomático de Ramagem já havia sido confiscado pelas autoridades brasileiras antes de qualquer tentativa de uso, o entendimento técnico é que ele não possui respaldo legal para permanecer no país estrangeiro. Isso coloca o ex-parlamentar em uma posição de vulnerabilidade jurídica, aguardando o envio de volta ao território nacional a qualquer momento.
Para o governo Lula e seus apoiadores, a situação de Ramagem é mais um exemplo da tentativa de membros do antigo regime de burlar as instituições. Enquanto o país retoma a normalidade democrática e as instituições de controle voltam a funcionar com rigor, figuras centrais do bolsonarismo tentam encontrar refúgio no exterior para escapar de investigações. Entretanto, a cooperação internacional e o rigor das leis migratórias mostram que a impunidade não será garantida por manobras de passaportes ou fugas estratégicas.
A alternativa da deportação é considerada a via mais eficiente, pois evita os longos anos de disputa judicial que costumam marcar os processos de extradição. Caso as autoridades norte-americanas confirmem o ingresso irregular, Ramagem será colocado em um voo de volta ao Brasil por violar as regras de entrada do país. Esse desfecho reforça o isolamento dos aliados de Bolsonaro, que agora veem suas redes de proteção internacional falharem diante da atuação técnica e coordenada das polícias dos dois países.
A comparação com o caso de Eduardo Bolsonaro serve para destacar que, no caso de Ramagem, houve uma infração direta cometida já sob o olhar da justiça. Enquanto o filho do ex-presidente viajou em situação regular antes de ser investigado, o ex-chefe da Abin tentou transitar internacionalmente mesmo com restrições severas. O retorno forçado de Ramagem será um passo decisivo para que as investigações sobre o uso da máquina pública para espionagem ilegal avancem sem as interferências de quem tentou fugir da responsabilidade.
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Com informações do DCM
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