23/12/2025 11:57

Assessor de Michelle detona candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência da república

503 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O clima nos bastidores do Partido Liberal (PL) azedou de vez com a exposição de um racha profundo entre Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro. O coronel da PM André Costa, braço direito e assessor de comunicação da ex-primeira-dama, tornou-se o centro de uma crise ao disparar críticas diretas contra a pré-candidatura do "01" ao Palácio do Planalto. Em grupos de aliados do ex-capitão, circulam prints de postagens onde Costa compartilha dados negativos sobre a rejeição de Flávio e mensagens em que classifica a tentativa de levar o senador à disputa como "ridícula".

A artilharia do assessor de Michelle não parou em comentários pessoais; ele também deu visibilidade a conteúdos que favorecem outros nomes da direita em detrimento do enteado da patroa. Entre as publicações, André Costa compartilhou falas do pastor Silas Malafaia defendendo que Flávio recue para dar lugar a Tarcísio de Freitas. Para parlamentares do PL, o gesto não foi um descuido, mas um movimento orquestrado para minar o terreno de Flávio e abrir espaço para as ambições políticas de Michelle, que busca se consolidar como a verdadeira herdeira do bolsonarismo.


A fúria dos aliados de Jair Bolsonaro aumentou ao verem o assessor compartilhar pesquisas que apontam que 62% dos eleitores não votariam em Flávio de jeito nenhum. Nas mensagens enviadas a listas de contatos, o coronel chegou a questionar a veracidade das ordens do ex-presidente, insinuando que ninguém ouviu a voz de Jair confirmando o filho como sucessor. Esse questionamento direto à autoridade do clã mostra que a ala ligada a Michelle está disposta a desafiar os filhos do ex-mandatário pelo controle das verbas e da estrutura partidária para 2026.

Pressionado, o coronel André Costa tentou uma saída estratégica, alegando que "não se lembra" das postagens e que costuma curtir conteúdos de direita apenas para gerar engajamento, sem prestar atenção no que compartilha. A justificativa, no entanto, foi recebida com deboche por integrantes do PL, que veem na fala uma tentativa canhestra de esconder o óbvio: a família Bolsonaro está em guerra. Enquanto o governo Lula foca em políticas públicas e estabilidade econômica, a extrema direita brasileira se consome em intrigas domésticas e disputas de ego.

A briga expõe a fragilidade da "unidade" pregada pela família, que agora se vê diante de uma escolha difícil entre o nepotismo de Jair e a vontade de Michelle de brilhar sozinha. Parlamentares leais aos filhos de Bolsonaro exigem explicações e veem a permanência de Costa no cargo como uma afronta direta. A situação revela que o projeto político do clã nunca foi sobre o país, mas sobre qual membro da família conseguirá garantir o domínio sobre o curral eleitoral remanescente, custe o que custar para a harmonia do grupo.

O episódio serve para mostrar ao eleitor brasileiro a verdadeira face da oposição: um grupo fragmentado por interesses financeiros e eleitorais de curtíssimo prazo. Enquanto Michelle se cala oficialmente para não se desgastar, deixa que seu entorno faça o trabalho sujo de fritar os enteados. O racha é uma excelente notícia para quem defende a democracia, pois enfraquece a articulação golpista e mostra que, sem o poder da máquina pública para distribuir benesses, os defensores do retrocesso são os primeiros a se atacarem mutuamente.

Com informações do DCM

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