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O Brasil encerra 2025 em uma posição vergonhosa no cenário internacional, consolidando-se como o país que mais gasta com juros da dívida pública em relação ao PIB. Essa liderança negativa é resultado direto da política monetária de juros estratosféricos mantida pelo Banco Central, que beneficia o setor financeiro enquanto drena recursos que deveriam ir para saúde e educação. Segundo dados do FMI, o país superou economias em crise profunda, como Sri Lanka e Paquistão, destinando mais de 8% de sua riqueza para o pagamento de despesas financeiras.
O volume de dinheiro transferido para os detentores da dívida é escandaloso: nos últimos 12 meses, as despesas com juros somaram quase R$ 1 trilhão. Esse montante é o principal responsável pelo déficit nominal das contas públicas, expondo que o problema do Brasil não é o gasto social do governo Lula, mas sim a conta de juros imposta por uma taxa Selic que permanece em níveis abusivos de 15% ao ano. Sem essa pressão financeira artificial, o país apresentaria uma saúde fiscal muito superior à de grandes emergentes como México e Índia.
Enquanto o governo federal trabalha para recuperar a economia e gerar empregos, a trajetória da dívida bruta sofre com a deterioração causada exclusivamente pelo custo do dinheiro. Projeções indicam que a dívida atingirá 77,6% do PIB em 2025, impulsionada por um sistema que obriga o Estado a pagar taxas de juros que não possuem paralelo no mundo moderno. Mesmo com a expectativa de uma futura queda na Selic, o estrago feito pela manutenção prolongada de taxas altas limita a capacidade de investimento público a curto prazo.
A análise do Valor Econômico revela que o Brasil gasta proporcionalmente mais com juros do que nações com problemas estruturais gravíssimos. Essa transferência massiva de renda para o sistema bancário explica quase a totalidade do déficit nominal, que deve chegar a 8,5% do PIB. É um mecanismo que perpetua a desigualdade, onde o superávit produzido pelo trabalho dos brasileiros é confiscado para alimentar a rentabilidade de investidores, impedindo que o governo Lula acelere ainda mais o projeto de reconstrução nacional.
Especialistas da Instituição Fiscal Independente confirmam que o déficit primário é mínimo, em torno de 0,5%, o que prova que o governo tem sido responsável com as despesas reais. O verdadeiro vilão é o gasto financeiro de 8% do PIB. Esse cenário desconfortável isola o Brasil em um ranking de desperdício de recursos públicos com o setor financeiro, reforçando a necessidade urgente de uma revisão na política de juros para que a economia possa respirar e o crescimento se torne sustentável para todos os cidadãos.
O fechamento de 2025 deixa claro que o desafio do país é enfrentar o poder do mercado financeiro que mantém as taxas de juros nas alturas. Enquanto países como África do Sul e México gastam entre 5% e 6% do PIB com juros, o Brasil continua sendo refém de uma política monetária que prioriza o lucro bancário acima do desenvolvimento nacional. A superação dessa marca de R$ 1 trilhão em juros é um alerta de que o crescimento do Brasil só será pleno quando a soberania sobre a política monetária for devolvida aos interesses do povo.
Com informações do Brasil 247
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